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domingo, 7 de fevereiro de 2016

INSTITUTO ACERVO, DOA 100 LIVROS EM SEU PROJETO DE INCENTIVO 'A LEITURA

O Instituto Acervo | iACERVO, em seu PROJETO LEIA MAIS,  doou 100 livros para a Biblioteca Municipal Monteiro Lobato, localizada na cidade de Guarulhos – SP, com o objetivos de incentivar a leitura, entre crianças, jovens e adolescentes, proporcionando mais informação e cultura, diversão e entretenimento.

A Biblioteca Municipal Monteiro Lobato é a matriz do Sistema Municipal de Bibliotecas Públicas, que conta com um total de 10 bibliotecas, quatro bibliotecas especializadas e um Espaço Troca Livros.


Numa área de aproximadamente 1.590 m2, disponibiliza para a população mais de 170.000 exemplares, assinaturas de revistas e  jornais, mapas e consulta ao 
Diário Oficial de Guarulhos.

Destacamos ainda o 
Espaço Braille Profa. Alice Ribeiro e o Ateliê de Conservação, Encadernação e Restauro. Além de funcionários especializados para o atendimento a cegos e pessoas de baixa visão, o Espaço Braille conta com mais de 900 volumes em Braille e mais de 370 áudio livros.

Segundo a pesquisa nacional do Instituto Pró-Livro, o índice médio de leitura entre os brasileiros acima de 5 anos de idade é de 4,7 livros por ano, um índice baixo que inclui livros didáticos, de leitura obrigatória. A leitura proporciona cidadania, cultura e entretenimento.

O Projeto LEIA MAIS, em sua fase inicial, tem por objetivos a doação de livros para Bibliotecas Municipais e Comunitárias, para contribuir na formação do acervo, na segunda fase, a capacitação de jovens e adolescentes com o curso Formação de Auxiliar de Biblioteca, preparando para o mercado de trabalho e incentivando na criação de Bibliotecas Comunitárias em seu bairro, com apoio do Instituto Acervo.

Para saber mais sobre o Instituto Acervo ou solicitar doação de livros para sua Biblioteca Municipal ou Comunitária, acesse www.institutoacervo.org.br ou através do fone 11 3522-8536.


















sábado, 7 de fevereiro de 2015

Amazon lança programa que converte livros impressos para e-books

Kindle
A varejista norte-americana Amazon lançou nesta semana um software que tem a função de converter livros e documentos impressos em e-books. Trata-se do Kindle Convert, que está disponível para computadores equipados com Windows.

A ideia não é nova, mas a forma com que a Amazon incorpora o programa ao seu ecossistema é única. Ele deve dar ainda mais autonomia para que os leitores troquem seus livros físicos para lerem em seus e-readers, segmento em que é referência com a linha Kindle.

A ideia é que, após digitalizar um livro, o usuário envie o arquivo para sua conta no Amazon Cloud e acesse o conteúdo em algum Kindle ou nos aplicativos da plataforma para dispositivos móveis.

Kindle Convert
O Kindle Converte permite a inserção de notas e ajustes de fontes, por exemplo. Além disso, ele é capaz de reconhecer imagens, algo que deixa qualquer documento bem próximo do real. O usuário ainda poderá corrigir caracteres que possivelmente, durante o processo de digitalização, foram reconhecidos de maneira errada.

O processo é um pouco trabalhoso, mas nada complicado. A varejista teve o cuidado de desenvolver o app de forma que ele possa ser manuseado por qualquer usuário, sem a necessidade de conhecimentos avançados de diagramação ou edição.

A má notícia é que o Kindle Convert não é gratuito: no valor promocional, o app custa US$ 19 e, após isso, estará disponível pelo valor de US$ 49. O software requer um scanner que trabalhe com pelo menos 300 DPI, o que não deve ser um problema, visto que a maioria dos modelos oferecidos no mercado supera esse número.

Infelizmente, por enquanto, o Kindle Convert está disponível apenas nos Estados Unidos.



Fonte: www.canaltech.com.br emm 06.02.2015

Biblioteca Rio450 reedita obra de luxo do quarto centenário da cidade

Livro de Gilberto Ferrez e Castro Maya será publicado em tamanho menor.
Coleção de obras sobre o Rio tem 65 títulos a serem lançados em 2015.
Marcelo Calero e o livro que vai ser reeditado (Foto: Lilian Quaino/G1)
Marcelo Calero e o livro que vai ser reeditado (Foto: Lilian Quaino/G1)

No ano em que completa 450 anos, o Rio de Janeiro não para de ganhar presentes. Entre eles, uma coleção de 65 livros abordando os mais variados temas relacionados à cidade. A Biblioteca Rio450 nasce da parceria do Comitê Rio450, com a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e a Secretaria Municipal de Cultura, que lançaram editais convocando autores para apresentar suas obras.

O carro-chefe da coleção Biblioteca Rio450 é a reedição do livro lançado há 50 anos em comemoração aos 400 anos do Rio “A Muito Leal e Heróica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”, obra do historiador Gilberto Ferrez  e do editor Raymundo Ottoni de Castro Maya.

O livro de luxo tem 270 páginas em que reproduz mapas, gravuras, quadros e fotografias que retratavam a cidade então quatrocentona. Parte do material pertencia à coleção do próprio Castro Maya que pode ser visto de perto no Museu da Chácara do Céu, em Santa Teresa, da Fundação Castro Maya.

Segundo Marcelo Calero, presidente do Comitê Rio450, o livro será reeditado em fac-símile – não haverá qualquer alteração em relação à edição original, sequer a atualização gramatical. Mas o livro será reeditado em tamanho menor e, como todos os outros da coleção, terá uma lombada preta com a logomarca dos 450 anos do Rio.


“A coleção é o grande legado que a gente deixa para a cidade na comemoração de aniversário de 450 anos. As efemérides se prestam a isso. Então, nada melhor do que a gente se debruçar sobre o personagem Rio e tentar relatar e registar estudos e pesquisas sobre ele da maneira mais robusta possível”, diz Calero.

Ele explica que quando o comitê começou a trabalhar no planejamento das celebrações dos 450 anos, em dezembro de 2013, seus integrantes pesquisaram tudo o que aconteceu no quarto centenário da cidade.

“A grande preocupação de Carlos Lacerda (então governador do Estado da Guanabara) foi criar publicações que estudassem a cidade em aspectos de cultura, economia, história e geografia. A gente teve a preocupação de fazer algo semelhante, de voltar mais uma vez a falar do Rio de uma forma orgânica, articulada, com esforço concentrado”, afirma Calero.

Marcelo Calero mostra uma das ilustrações do livro que vai ser reeditado (Foto: Lilian Quaino/G1)
Calero mostra uma das ilustrações do livro de
Gilberto Ferrez e Castro Maya
(Foto: Lilian Quaino/G1)
O comitê fez uma parceria com a Secretaria de Cultura, no Programa de Fomento à Cultura Carioca, que destinou R$ 1,5 milhão para livros sobre o Rio de Janeiro. Depois o comitê fez outra parceria com a Faperj, que lançou dois editais, um de publicações e outro de eventos científicos, com verba de R$ 2 milhões para o primeiro e R$ 1 milhão para o segundo.


“A parceria foi superprofícua. Serão 49 obras da Faperj, mais 16 da Secretaria de Cultura. No final, teremos uma biblioteca superconsistente e robusta, não pela quantidade, mas pela evidente    possibilidade de abarcar aspectos mais variados e esgotar o tema Rio de Janeiro”, diz o presidente do comitê.

Segundo Calero, o comitê exerceu seu papel de articulação e mobilização.
"Batemos à porta das instituições e falamos: 'Vem aí o aniversário da cidade. O que vocês podem fazer?’ O professor Ruy foi muito receptivo”, afirma Calero, referindo-se ao então presidente da Faperj, Ruy Garcia Marques .


Já o professor Ruy disse que a  fundação não poderia deixar de se associar “a tão importante ocasião”.

“Vamos contribuir, por meio desses dois programas, para destacar e promover o rico repertório artístico, científico e cultural da cidade mais conhecida e reverenciada pelos brasileiros, e uma das principais atrações turísticas do mundo”, afirmou.

Foi também batendo na porta do Museu Chácara do Céu que Calero chegou à grandiosa obra de Gilberto Ferrez e Castro Maya, “A Muito Leal e Heróica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”. 

“Fomos à Chácara do Céu e a diretora dos Museus Castro Maya, Vera Alencar, disse: ‘Temos aqui uma preciosidade, que eu acho que merece estar nos 450 anos’. Embarcamos no projeto”, conta Calero.
Os livros da Biblioteca Rio450 serão lançados ao longo do ano, priorizando a distribuição em bibliotecas, escolas municipais. Mas parte das edições estará à venda nas livrarias.
O livro que Marcelo Calero vai reeditar tem a lombada preta com a logomarca do Rio 450 anos (Foto: Lilian Quaino/G1)
Os livros da Biblioteca Rio450 terão a lombada preta com a logomarca do Rio 450 anos (Foto: Lilian Quaino/G1)
Estas são as obras que fazem parte da Biblioteca Rio450:
Faperj

“A história da telessaúde da cidade para o estado do Rio de Janeiro: inovando na pesquisa, na ciência e na tecnologia” – Alexandra Maria Monteiro Grisolia.

“Rio de astronomia” – Alexandre Cherman.

“Fotograficamente Rio, a cidade e seus temas” – Ana Maria Mauad Sousa Andrade Essus.

“Crônica trovada da cidade de San Sebastian do Rio de janeiro” – Anélia Montechiari Pietrani.

“História do Rio de Janeiro – pelos 450 anos de fundação da cidade” – Antonio Celso Alves Pereira.

“Os símbolos da cidade do Rio de Janeiro vistos pelos jovens cariocas” - Augusto Cesar Pinheiro da Silva.

“Colégio Pedro II: polo cultural da cidade do Rio de Janeiro. A trajetória de seus uniformes escolares na memória coletiva da cidade” – Beatriz Boclin Marques dos Santos.

“Catálogo AGCRJ cineclube Rio 450” – Beatriz Kushnir.

“O Rio de Janeiro dos imigrantes – páginas de uma cidade de muitos povos” – Camila Escudero.

“Copacabana e o parque da Chacrinha: memórias, personagens e um caso sobre o surgimento do fenômeno favelas cariocas” - Camilla Agostini.

“Rio de Janeiro, Rio de pescadores: memórias e narrativas na produção social da cidade” - Catia Antonia da Silva.

“Olhares sobre ‘A Cidade Mulher’ de Álvaro Moreyra nos 450 anos do Rio de Janeiro” - Cláudia Maria Silva de Oliveira.

“Rio em três tempos: caminhos para a sustentabilidade” - Claudio Antonio Gonçalves Egle.

“Os territórios sagrados dos cantos negros: música e memória na Grande Madureira” - Denise Barata.

“Castro Maya e a Floresta da Tijuca” - Denise Grinspum.

“Uma cartografia musical dos 450 anos do Rio de Janeiro” - Flavia de Oliveira Barreto.

“Cartografias da cidade (in)visível: cultura escrita, educação e leitura de populares no Rio de Janeiro Imperial” - Giselle Martins Venancio.

“A Biblioteca Nacional na crônica da cidade” - Iuri Azevedo Lapa e Silva.

“Largo da Misericórdia: transformações espaciais em um marco da fundação do Rio de Janeiro” - Jacques Sillos de Freitas.

“O Rio de Janeiro sob os olhos de Iemanjá - A cidade dos sambas, subúrbios, festas e mercados” - Joana d´Arc do Valle Bahia.

“Rio de indígenas e caboclos” - José Luiz Ligiero Coelho.

“O Corcovado conta histórias: nascimento e crescimento do bairro de Botafogo” - Kaori Kodama Flexor.

“Um Rio de crônicas” - Leonardo Affonso de Miranda Pereira.

“Outros espaços: celebrando a criatividade da periferia carioca” - Lilian Fessler Vaz.

“O parque do Flamengo e a cidade do Rio de Janeiro” - Lucia Maria Sa Antunes Costa.

“Caixa de história da cidade do Rio de Janeiro” - Luís Reznik.

“A viola e o violão em terras de São Sebastião” - Marcia Ermelindo Taborda.

"O sertão carioca", de Armando Magalhães Corrêa (reedição) - Marcus Venicio Toledo
Ribeiro.

“Rio 450: palavras e projetos” - Margareth Aparecida Campos da Silva Pereira.

“A Zona Oeste revisitada” - Maria Amália Silva Alves de Oliveira.

“Presença estrangeira: arquitetura no Rio de Janeiro (1905-1949)” - Maria Cristina Nascentes Cabral.

“As ciências na cidade do Rio de Janeiro: ontem e hoje” - Marta de Almeida.

“Subúrbio musical de rua do Rio de Janeiro - bairros de Madureira e Oswaldo Cruz” - Micael Maiolino Herschmann.

“Nos quintais do samba da Grande Madureira: memória, história e imagens de ontem e hoje” - Myrian Sepúlveda dos Santos.

“Rio de Janeiro centro histórico” - Nireu Oliveira Cavalcanti.

“A favela e a imagem do Rio de Janeiro: a contribuição da pesquisa de Anthony e Elizabeth Leeds nos anos 60 do século XX” - Nísia Verônica Trindade Lima.

“Objetos do Rio: 450 anos de história nos acervos públicos da cidade” - Paulo Knauss de Mendonça.

“Ruínas de um Rio fabril: memórias de uma cidade esquecida” - Paulo Roberto Ribeiro Fontes.

“Views and costumes of the city and neighborhood of Rio de Janeiro, Brazil, from drawings taken by Lieutenant Chamberlain, Royal Artillery, during the years 1819 and 1820: with descriptive explanation (Londres, printed for Thomas McLean), 1822” (reedição) - Raquel Alves Dos Santos Fabio.

“Museus do Rio: itinerários de memórias na cidade do Rio de Janeiro” - Regina Maria do Rego Monteiro de Abreu.

“Cantos do Rio: retrato literário dos bairros cariocas” - Roberto Acízelo Quelha de Souza.

“Suplemento dominical do Jornal do Brasil - antologia fac-similar” - Roberto Corrêa dos Santos.

“Desenrolo - O papel das favelas na história da cidade do Rio de Janeiro” - Rodrigo Torquato da Silva.

“A cidade imaginada: o projeto para cidade carioca e a influência da elite empresarial ao longo dos anos 1990” - Rosane Cristina de Oliveira.

“A muy respeitosa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro” - Silvio Tendler.

“Histórias de vida e memória social” - Solange Jobim e Souza.

“Ensino, arte e academia - A Academia Imperial de Belas Artes e a constituição do campo das artes visuais no Rio de Janeiro no século XIX” - Sonia Gomes Pereira.

“O Rio por escrito” - Stefania Chiarelli Techima.

“O Rio de Valentim - Transformações urbanas e mobilidade social no Rio de Janeiro através da vida e obra de Mestre Valentim (c. 1745-1813)” - Ynae Lopes Dos Santos.

Secretaria de Cultura

“A muito leal e heróica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro” – Raymundo de Castro Maya e Gilberto Ferrez.

“A fazenda nacional da Lagoa Rodrigo de Freitas” – Cau Barata.

“Para tudo começar na quinta-feira” -  Luiz Antonio Simas e Fábio Fabato.

“O Rio de Janeiro setentista” – Nireu Cavalcanti.

“A formação da Guanabara” – Paulo Knauss, organização.

“Promenades do Rio: a turistificação da cidade pelos guias de viagem a partir de 1873” – Isabella Vicente Perrota.

“Dossiê das matrizes do samba do Rio de Janeiro” – Nilcemar Nogueira.

“Letreiro afetivo” – Art Cultura e Serviços Artísticos LTDA.

“Caminhos da cultura: Centro Histórico do Rio de Janeiro” – Fernanda Cotta Portella Filho.

“De circo a teatro – A história do lyrico” – Francisco José Vieira.

“Memórias da cidade do Rio de Janeiro e o Rio de Janeiro no século XVII” – Vivaldo Coaracy.

“Rio Belle Époque” – Sebastião Lacerda.

“Lapa dos anos 1930 aos anos 1960” – Maria Amélia Mello

“Ficções cariocas” – Antônio Torres.

“Memória afetiva do botequim carioca” – José Octávio Giannini Sebadelhe.

“A Guanabara como natureza” – Magalhães Correia.

Fonte: www.globo.g1.com em 05.02.2015

sábado, 31 de janeiro de 2015

Portal do Professor disponibiliza lista de livros sobre estímulo à leitura

Site indica 11 obras literárias e didáticas que abordam diferentes métodos de ensino para aplicação em sala de aula.
Projetos escolares de estimulo à leitura, reconhecidos pelo Prêmio Vivaleitura, foram abordados na última edição do Jornal on-line elaborado pelo Portal do Professor. Acesse conteúdo na íntegra.
Além de reportagens sobre métodos premiados, a edição 109 da publicação eletrônica oferece sugestões de livros aos professores e educadores interessados em estimular o hábito de leitura aos alunos da educação básica.

A edição especial também seleciona experiências que recorrem à tecnologia para auxiliar o trabalho em sala de aula. Outros utilizam o recurso poético e literáriocomo força motriz para incentivar o gosto pela leitura.
O Portal do Professor é um espaço on-line no qual educadores têm acesso a sugestões de planos de aula, conteúdos multimídia, notícias sobre o panorama geral da educação no País, iniciativas governamentais, podendo até mesmo interagir em fóruns de discussão com outros profissionais da área.
Confira abaixo os 11 livros indicados para quem deseja se aprofundar no tema e/ou levar os conhecimentos adquiridos para a sala de aula:
A Arte de Ler
Émile Faguet – Editora Casa da Palavra – Brasil

Escrito no início do século XX, o livro permanece atual quase 100 anos após sua primeira publicação (1911), principalmente quando se leva em conta o excesso de informação dos dias atuais, em que a otimização da leitura se faz oportuna.
"A arte de ler é a arte de pensar com um pouco de ajuda", disse Faguet. Dessa forma, o autor sugere o primeiro passo para um melhor aproveitamento de qualquer livro: identificar os objetivos da leitura e os diferentes tipos de livros, bem como suas particularidades.
O Incentivo à Leitura
Cláudia Stocker – Editora – Brasil – 2014

É na infância que se adquire o hábito de ler; é na criança que estão todas as potencialidades e disponibilidades para o prazer da leitura. E é evidente, também, que se torna necessário abrir para elas as janelas desse mundo maravilhoso.
Ler e contar história são formas de desenvolver o gosto pela fantasia, incentivando nos pequeninos aspectos que dizem respeito ao seu potencial criativo.
Ao ouvir histórias narradas por contadores que transformam palavras e gestos em pura magia e encanto, é que queremos mostrar ao leitor, como o despertar para a leitura pode ser iniciado nas primeiras etapas da vida através da tradição oral.
Incentivando o Amor pela Leitura
Eugene H. Cramer, Marrietta Castle – Editora Artmed – Brasil – 2001

A obra “faz uma análise do professor e do papel crítico que ele desempenha na tarefa de ajudar as crianças a tornarem-se leitores motivados, ativos e envolvidos, que leem tanto por prazer como pela necessidade de manterem-se informados.”
Estratégias de Leitura
Isabel Solé – Editora Artmed – Brasil – 1998 – 6ª edição

O livro escrito por Isabel Solé aborda diferentes formas de trabalhar com o ensino da leitura. Seu propósito principal é promover nos alunos a utilização de estratégias que permitam interpretar e compreender de forma autônoma os textos lidos.
Enfatizando sempre que o ato de ler é um processo complexo, a autora, utilizando um texto simples e agradável de ser lido, explicita-o dentro de uma perspectiva construtivista da aprendizagem.
Estratégias de Leitura, 6ª edição, é uma obra que certamente contribuirá para o desempenho docente, principalmente dos profissionais que atuam no Ensino Fundamental e na Educação Infantil.
Por que Ler?
Tânia Dauster, Lucelena Ferreira – Editora Lamparina, Coed. FAPERJ – Brasil – 2010

Neste livro, pesquisadores abordam questões que são objeto de discussão no campo educacional - a formação de leitores e de mediadores de leitura; a importância da leitura literária na construção da subjetividade; a relação entre literatura e oralidade; os desafios à formação de professores, tendo em vista diferentes concepções sobre o ensino da língua, entre outras temáticas.
Os Jovens e a Leitura: Uma Nova Perspectiva
Michèle Petit – Editora 34 – Brasil – 2008

Partindo de dezenas de entrevistas com leitores da zona rural e jovens de bairros marginalizados na periferia das grandes cidades francesas, bem como do testemunho de escritores e suas obras, a autora demonstra – com exemplos que se adequam perfeitamente à sociedade brasileira – a importância das bibliotecas públicas e de bibliotecários, mediadores de leitura e educadores de modo geral na luta contra os processos de exclusão e segregação.
Sem receitas mágicas, mas com profundo conhecimento de causa, Petit ilumina por vários ângulos as relações entre os jovens e o livro no mundo globalizado, apostando no papel fundamental que a leitura pode representar para a construção e reconstrução do sujeito, particularmente em contextos de crise ou de grande violência social.
A Arte de Ler
Michèle Petit – Editora 34 – Brasil – 2010

"Aquele livro me deu a força necessária para enfrentar a virada decisiva de minha vida, aceitar que eu não era mais o mesmo, suportar sê-lo com meus amigos que não compartilhavam o que eu pensava e que tive que enfrentar para defender minha nova maneira de ver a vida..."
O depoimento acima, de um jovem morador de um dos bairros mais pobres de Bogotá, na Colômbia, é apenas um entre as dezenas de testemunhos sobre a importância da literatura — tomada aqui num sentido amplo, que inclui histórias em quadrinhos e relatos orais, além dos gêneros tradicionais da poesia, do conto e do romance — na formação do sujeito, e o papel que ela desempenha em contextos de crise.
O Prazer do Texto
Roland Barthes – Editora Perspectiva – Brasil – 2008 – 4ª edição

Em um escrito caleidoscópico, quase um bloco de anotações, Roland Barthes busca aqui a análise do prazer sensual do texto, tanto por parte de quem escreve - sem medo de expor seu desejo, sob pena de cair na tagarelice - quanto de quem lê (normalmente situado como objeto, ser passivo e sem defesas frente ao texto, e que aqui é revelado em sua plenitude criativa da fruição).
Descartando a frigidez do texto empolado e político, evocando ao fio dos argumentos tanto Proust, Flaubert, Stendhal como Sade e Bataille, ou ainda Lacan e Freud, 'O Prazer do Texto' apresenta, de forma profunda e lúdica, - costumeiro prazer dos leitores de Barthes - um tema fundamental em semiologia e literatura.
A Importância do Ato de Ler
Paulo Freire – Editora Cortez – Brasil – 2011

“Este livro busca abordar a questão da leitura e da escrita encaradas por Paulo Freire sob o ângulo da luta política com a compreensão científica do tema. A obra pretende mostrar sua presença no desafio pelos direitos da alfabetização, pronunciados ao mundo sobre a importância do ato de ler.”
Leituras: do Espaço Íntimo ao Espaço Público
Michèle Petit – Editora 34 – Brasil – 2013

Qual o papel da leitura na construção do indivíduo? Em que medida ela pode desempenhar uma função reparadora em casos de danos psíquicos e sociais? Como pensar o lugar da leitura em bibliotecas e no contexto educacional?
Estas são algumas das perguntas levantadas neste livro pela antropóloga francesa Michèle Petit - já conhecida no Brasil por Os jovens e a leitura (2008) e A arte de ler (2009).
Os textos reunidos em no livro são o resultado de conferências realizadas em países da América Latina e voltadas, entre outros, para bibliotecários, professores, mediadores de leituras e profissionais dedicados à formação de leitores de modo geral.
Em comum, estes ensaios destacam a leitura como atividade de resistência e indagação, a qual permite a muitas pessoas em circunstâncias desfavoráveis tornarem-se agentes de seus destinos.
Como Incentivar o Hábito da Leitura
Richard Bamberger – Editora Ática – Brasil 

O livro aborda o panorama do ensino da leitura em várias partes do mundo.
Fonte:
Portal Brasil com informações do Portal do Professor 

Brasileiros incentivam a leitura usando a criatividade e as próprias mãos

As geladeirotecas estão instaladas no campus da Fundação Universidade Regional de Blumenau e em três escolas municipais da região; esta foi pintada pelo artista Fernando Pauler. Foto de Terça cultural, publicada com permissão.

Quando pensamos numa biblioteca, imaginamos um lugar silencioso e cheio de livros aguardando leitores, que, para lê-los, devem seguir duas regras à risca: se usar a sala de leitura, não faça barulho; se pegar o livro emprestado, devolva-o no dia certo. Mas alguns brasileiros estão usando sua criatividade e as próprias mãos para transformar bicicletas, carrinhos de feira, geladeiras e outros objetos em bibliotecas, incentivando a leitura em locais onde as bibliotecas públicas não chegam.
É o que mostra um mapa produzido pelo blogue Bibliotecas do Brasil, organizado por Daniele Carneiro e Juliano Rocha. Apaixonados por livros, e convictos de que havia muitas iniciativas de incentivo à leitura dentro e fora do país feitas pela própria população, eles perceberam que faltava uma voz na mídia para divulgá-las:
MAPA_BB
O mapa tem cerca de 60 inciativas de incentivo à leitura. Clique sobre ele para mais informações sobre cada uma delas. Imagem deBibliotecas do Brasil, publicada com permissão.
Vimos que essas ações cobriam uma boa parte do Brasil e resolvemos mostrar isso graficamente ao colocar todas as ações em um mapa, para reforçar esta ideia de que os brasileiros gostam de ler quando lhes é dada a oportunidade e de que existem pessoas que acreditam nos livros livres como agentes de mudança nas mais diversas comunidades. Com esse apoio visual, fica mais fácil para os próprios projetos de incentivo à leitura criarem uma rede de contatos para se ajudarem e trocarem experiências. As bibliotecas que mais nos interessam são as bibliotecas comunitárias, bibliotecas livres, minibibliotecas ou bibliotecas públicas que são atuantes e preocupadas em trazer os leitores para seu interior e despertar neles o gosto pela leitura.
Questionados sobre o que são bibliotecas livres, Daniele e Juliano explicam que são aquelas nas quais os livros são emprestados sem a necessidade de cadastros, nem prazos de devolução. Qualquer pessoa pode pegar um livro, levá-lo para casa, pelo tempo que quiser e ainda com o direito de emprestá-lo ou levá-lo durante uma viagem e deixá-lo em outra cidade.
Nem todas as iniciativas do mapa funcionam assim, mas, em comum, há entre elas o desejo de facilitar o acesso aos livros e mudar a cara dos espaços públicos.
De carrinhos de feira a geladeiras, tudo pode ser transformado em biblioteca
Carrinhos de feira transformados em pequenas bibliotecas itinerantes no Shopping Popular da Ceilândia. Foto de Bibliorodas utilizada com permissão.
Carrinhos de feira viram pequenas bibliotecas itinerantes no Shopping Popular da Ceilândia. Foto de Bibliorodas, publicada com permissão.
Desde 2011, em Ceilândia, no Distrito Federal, Clara Etiene e Edna Freitas incentivam a leitura no mercado popular da região. Embora até reunissem algumas pessoas, elas não conseguiam atrair os próprios feirantes, que diziam não poder abandonar suas barracas durante a jornada de trabalho. Foi então que decidiram transformar carrinhos de feira em pequenas bibliotecas móveis, que depois foram batizadas debibliorodas.
A solução foi bem recebida e Clara e Edna resolveram expandir o projeto: agora, levam livros aos feirantes e à população do interior do Ceará. ”A inexistência de locais e iniciativas à leitura na periferia é alarmante, estamos longe de superar esse problema. Mas realmente acreditamos no poder emancipador e transformador da literatura. É importante que todos tenham direito a ela”, contam as idealizadoras em entrevista por email ao Global Voices.
Já em Santa Catarina, geladeiras velhas deixaram de ir para o depósito de lixo e foram transformadas em bibliotecas. Estudantes da Fundação Universidade Regional de Blumenau instalaram três geladeirotecas no campus, disponibilizando livros aos colegas, professores, servidores e frequentadores do local. Batizado de “Não deixe a cultura na geladeira”, o projeto teve início em 2012 e recebeu ajuda voluntária de três artistas para pintar as geladeiras, além de editoras e professores da universidade, que doaram livros. Um dos responsáveis pela geladeiroteca, Alan Filigrana, afirma que os universitários tomaram a iniciativa por acreditarem que a leitura é fundamental para o desenvolvimento humano.
As geladeirotecas também estão em três escolas municipais da região, nas quais estudam crianças e adolescentes. “Escolhemos livros que normalmente não estão ao alcance dos alunos e que são capazes de incentivar o raciocínio crítico deles. Além disso, nas escolas quem pinta as geladeiras são os próprios alunos, o que colabora para que eles valorizem o projeto, pois fizeram parte da sua elaboração”, explica Alan.
Essas são só duas entre cerca de 60 iniciativas presentes no mapa, que também contempla outros países, como, por exemplo, a iniciativa de três jovens brasileiras que fizeram uma campanha para arrecadar livros e reformar a biblioteca de uma escola primária em Maputo, capital de Moçambique, onde estudam aproximadamente 1.300 alunos entre 6 e 11 anos. As três estavam no país para dar aulas na escola primária de Coop durante um intercâmbio. “Convivendo com crianças tão esforçadas e interessadas, vimos que podíamos impactar ainda mais suas vidas”, disseram na apresentação da campanha que chamaram de Moçambique quer ler.
Faça você mesmo uma biblioteca livre
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Tutorial explica passo a passo para montar uma biblioteca livre. Clique para ampliar. Foto de “Bibliotecas do Brasil”, publicada com permissão.
Os organizadores do mapa e do blogue também estimulam as pessoas a se engajarem no incentivo à leitura ensinando os visitantes a construir suas próprias bibliotecas livres. Para isso, criaram um tutorial com dicas para o sucesso de novas iniciativas, incluindo as melhores escolhas para arrecadação de livros, opção pelo local onde a biblioteca será instalada, além de divulgação, organização e manutenção.
E o que não falta são brasileiros para serem atraídos pela leitura. Segundo a última pesquisa Retratos da leitura no Brasil, o brasileiro lê em média apenas cinco livros por ano, contando os livros indicados pela escola, ou dois livros sem essas indicações. É pouco, mas iniciativas como essas ajudam a reverter esse quadro, colocando os livros no caminho das pessoas em vez de deixá-los guardados nas bibliotecas e nas estantes de casa.
Fonte: http://pt.globalvoicesonline.org/ em 26.01.2015

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O brasileiro gosta de ler, mas falta estímulo

Por Laé de Souza em 20/01/2015 na edição 834

Reproduzido d’O TREM Itabirano n º 113, janeiro de 2015; título original “O brasileiro gosta de ler, sim, o que falta é estímulo”, intertítulo do OI
Aqueles que são leitores verdadeiros sabem exatamente a riqueza que podemos encontrar em incontáveis páginas de livros. Desde muito cedo, tornei-me leitor convicto. Daqueles que viajam pelo universo literário.
Por muitos anos, mantive meus livros como objeto de adoração, expostos numa glamorosa estante em minha biblioteca particular.

Confesso: tinha ciúmes da minha vasta coleção, vez ou outra empoeirada, protegida pelo meu ameaçador “não tire do lugar”. Livros conservados como tesouro intocável.
Num determinado momento, comecei a refletir sobre o motivo do desinteresse das pessoas pela leitura, em especial os jovens. Foi, então, que libertei meu tesouro literário da prisão de minha estante. Passei a emprestar meus livros a um, a outro, fiz marketing das obras que li e assim fui disseminando a cultura do prazer da leitura.
Hoje, alegra-me quando morre o proprietário de uma vasta biblioteca particular e a viúva detesta livros, pois eles serão distribuídos de qualquer jeito e sairão a circular com grande chance de cumprir o papel para o qual nasceram: serem lidos. Quantas vezes leremos um livro que está em nossa estante? Por que deixá-los ali empoeirados, tristonhos, lidos apenas uma vez? Temos um instinto de posse para tudo. Até para os livros.
Grande parceria
Sempre fui inconformado com o estigma de que o brasileiro não gosta de ler. Acho pura invencionice. Não se pode opinar sobre o gosto do que nunca se experimentou. Imaginava que era preciso criar facilidades e buscar estímulos para a primeira leitura. Longe, bem longe da obrigatoriedade e controles burocráticos para aquele que quer ler. Entristece-me quando, nas minhas visitas às escolas, vejo bibliotecas ou salas de leitura trancadas a sete chaves. Quantos leitores perdidos pelo excesso de zelo.
Assim, em 1998 nasceu o meu projeto Encontro com o Escritor. Sempre tive a certeza de que a leitura não é só na escola, é para todos os lugares. Assim, em 2004, nasceu o projeto Leitura no Parque, que visa abarcar outro tipo de público.
Ao longo desses anos de aplicação de projetos de leitura, tenho constatado que é grande equívoco o pensamento de que “o brasileiro não gosta de ler”. Falta, isso sim, criar facilidades e formas de incentivo.
Trabalho que tenho feito sempre nas minhas palestras, alertando professores para a grande responsabilidade que lhes cabe, principalmente nos dias de hoje, em que as mães ausentam-se para o trabalho e não têm o tempo tão necessário para ler histórias para os filhos e estimular a imaginação e o prazer da literatura.
Num tempo de alunos arredios, cercados pelo bombardeio de inovações visuais e lúdicas, é preciso escolher com carinho a obra que se coloca pela primeira vez nas mãos de um futuro leitor. Corre-se sempre o risco de criar ojeriza e afastá-lo definitivamente do mundo da leitura. Portanto, muito cuidado!!!
Vários alunos que se recusavam a ler e que leram a primeira crônica de um livro meu manifestaram que leram, para surpresa deles próprios, até o final e começaram a ler outras obras a partir dessa experiência.
A grande parceria com professores, instituições e a adesão de patrocinadores e incentivadores pessoa física me levam a acreditar que é possível realizar o sonho de fazer do Brasil um país de leitores.
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Laé de Souza é escritor 

Fonte: www.observatoriodaimprensa.com.br