Mostrando postagens com marcador Biblioteca Nacional. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Biblioteca Nacional. Mostrar todas as postagens

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Calor pode prejudicar acervo da Biblioteca Nacional

Em épocas de altas temperaturas não são somente as pessoas que sofrem. Os danos causados pelo calor podem ser vistos tanto nas plantas e alimentos quanto em objetos mais delicados, que precisam ser conservados com maior cuidado. É o caso da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, que guarda em suas dependências as obras mais raras do país e que sofre com a ausência de climatizadores adequados para a conservação de seu acervo.
biblioteca-riscos-calor
Os servidores que trabalham na biblioteca realizaram uma paralisação no dia 27 de janeiro em protesto pelo calor e pelas más instalações da instituição. Segundo os funcionários, as temperaturas atingem cerca de 40ºC e podem prejudicar os livros guardados no prédio.
Para a presidência da biblioteca, as temperaturas ainda não são agravantes e os livros não estão em risco. Algumas reformas foram realizadas em 2013 pela atual gestão tendo em vista justamente amenizar as temperaturas no interior do prédio. O ar refrigerado recebeu uma modificação emergencial, que é apontada como insuficiente pelos trabalhadores.
Fonte: www.cbnfoz.com.br em 14.02.2015

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Biblioteca Nacional do Rio exibe desenhos de cartunista do Charlie Hebdo


Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso

Biblioteca Nacional expõe trabalhos do cartunista Wolinski assassinado no atentado ao Charlie Hebdo em Paris. São 20 trabalhos publicados na revista Grilo, nos anos 1970 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Trabalho do cartunista George Wolinski, um dos mortos no atentado ao Charlie HebdoTânia Rêgo/Agência Brasil
Quadrinhos do cartunista George Wolinski publicados no Brasil podem ser vistos, a partir de hoje (14), em exposição na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. São desenhos cedidos para a revista Grillo, que circulou no Brasil de 1971 a 1973, em pleno regime militar. A mostra é uma homenagem ao desenhista, um dos mortos no atentado de quarta-feira (7) ao jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris.

Divididos em duas pranchas, no hall da instituição, os desenhos e tiras reúnem peças com reconhecimento politico, anarquista e erótico. A maior parte é referente à personagem feminina Paulette, criada com o cartunista Georges Pichard e foi publicada na Grillo. A revista, que chegou a ser censurada pela ditadura, integra o acervo da instituição.
“Paulette era uma mulher de vanguarda, livre, sensual, muito sensual”, destacou Renato Lessa, presidente da biblioteca. “Os conservadores e caretas podem não gostar”, adverte.


Biblioteca Nacional expõe trabalhos do cartunista Wolinski assassinado no atentado ao Charlie Hebdo em Paris. São 20 trabalhos publicados na revista Grilo, nos anos 1970 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
A  mostra  é  uma  manifestação  simbólica  em  favor
da liberdade de expressãoTânia Rêgo/Agência Brasil

A mostra em homenagem a Wolinski é uma manifestação simbólica em favor da liberdade de expressão e de criação. Segundo Lessa, o atentado contra o Charlie Hebdo procurou atingir também o humor, fundamental para estimular a crítica e o pensamento.

“Rir é uma virtude cognitiva. O humor surpreende, desloca significados cristalizados, alarga a sensibilidade”, salientou Renato Lessa na mensagem de abertura. “Por tal razão, a relação entre humor e liberdade é central para sociedades democráticas, nas quais nada deve ser sacralizado. Ninguém está a salvo do juízo crítico e da mordacidade”, acrescentou o presidente da biblioteca.

Fonte: Agência Brasil em 14.01.2015

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Biblioteca Nacional recebe acervo pessoal do ex-presidente João Goulart

Akemi Nitahara - Agência Brasil08.12.2014 - 21h01


A Biblioteca Nacional recebeu hoje (8) a primeira parte do acervo pessoal do ex-presidente João Goulart, dentro do convênio assinado com o Instituto João Goulart para conservação, catalogação e divulgação do material. O presidente do instituto, João Vicente Goulart, filho do presidente deposto pelo golpe militar de 1964, explica que a parceria vai facilitar a pesquisa histórica sobre o período.
Ao todo, serão em torno de 10 mil documentos

“Essa parceria é de suma importância não só para o Instituto João Goulart, mas para a nação brasileira, que vai ter conhecimento. A ideia é divulgarmos isso o mais rápido possível, disponibilizar ao público, pesquisadores, estudantes, professores, enfim, disponibilizar para a academia, para que possamos ter cada vez mais conhecimento sobre a nossa história, sobre a história política do [ex-]presidente João Goulart e tudo aquilo que aconteceu após o golpe de 64”, acrescentou João Vicente.

A primeira remessa contém cerca de 200 documentos, entre eles cartas de pessoas como os papas João XXIII e Paulo VI, o então senador Salvador Allende, posteriormente também deposto da Presidência do Chile por um golpe militar, cartas das lutas políticas internas do PTB, da deputada Ivete Vargas e de Juscelino Kubitschek.

Ao todo, serão em torno de 10 mil documentos, inclusive 6 mil da CPI do Instituto Brasileiro da Ação Democrática, criada em 1963 para investigar o financiamento estrangeiro a campanhas de parlamentares brasileiro, por meio do instituto. O historiador Oswaldo Munteal, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que assessora o Instituto João Goulart, diz que esses documentos nunca foram analisados por nenhum pesquisador, e seu conteúdo trará Justiça ao ex-presidente.

“Esse acervo traz documentos inéditos que tratam, dentre outras coisas, da ação dos parlamentares na época do golpe; do derrame de milhões de dólares na compra de senadores, deputados, prefeitos, governadores, para que conspirassem contra o presidente Goulart; inclusive de parlamentares [e parentes] que estão aí. Foi um golpe congressual militar. Quando o senador Auro de Moura Andrade, por São Paulo, declara vaga a Presidência da República, com o presidente em território nacional, é um momento gravíssimo da vida política brasileira”, acrescentou.

O professor ressalta que Jango foi vigiado pelos militares diariamente, entre 1954 e 1976, e ainda há episódios a serem esclarecidos sobre a vida dele. “É importante que se liberem os documentos do Ministério das Relações Exteriores para se completar o ciclo. Ainda vejo zonas muito pouco clarificadas, como por exemplo, as circunstâncias da morte do presidente, a vida dele no exílio, como as reformas de base foram obstaculizadas”.

O presidente da Biblioteca Nacional, Renato Lessa, destaca que a entrega do acervo para a instituição simboliza a reintegração da memória de Jango à história do Brasil. “A Biblioteca Nacional é uma instituição do Estado brasileiro, que recebe o acervo de um ex-presidente da República, o único que morreu no exílio. Além da qualidade intrínseca do acervo, dos documentos, das cartas, das informações que ele contém para nos ajudar a entender um certo período da história brasileira, trata-se simbolicamente da reintegração da memória de João Goulart à narrativa que o Estado faz a respeito da sua história”.

O trabalho vai durar dez anos e, à medida que os documentos forem analisados, classificados e digitalizados, eles serão disponibilizados para consulta nos sites da Biblioteca Nacional e do Instituto João Goulart. Para 2015, o instituto também pretende começar a construção do Memorial da Liberdade e da Justiça, no Eixo Monumental, em Brasíli -, projeto de Oscar Niemeyer, que será um espaço interativo, “que conte aos visitantes como foi difícil a retomada da democracia no Brasil e porque a democracia caiu em 1964, para que o Brasil conheça a ferida que foi aberta em 1964”, segundo Goulart.

Quanto a algumas manifestações ocorridas no Brasil, nos últimos meses, pedindo intervenção militar, o filho do presidente deposto pelo golpe lamenta. “Os povos que não conhecem seu passado tendem a repetir os erros. Eu fico até assombrado, jovens falando em intervenção militar, via Facebook, eles nem imaginam que numa ditadura eles não estariam nem falando, não teriam a liberdade que nós obtemos através da democracia, é muito importante essa divulgação [dos documentos] para que eles saibam realmente o que é uma ditadura”, enfatizou.

Editor: Stênio Ribeiro

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Brasil tem uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes


O Brasil tem uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes, em média. São 6.148 no país. É o que mostra levantamento feito pelo G1 com base nos dados do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, do Ministério da Cultura, atualizados neste segundo semestre.
O índice é o mesmo de cinco anos atrás. Apesar de terem sido criados mais espaços no período, o aumento da oferta não foi maior que a taxa de crescimento da população.
A meta do governo de zerar o número de municípios sem bibliotecas também não foi alcançada ainda. Hoje, 115 cidades ainda não contam com o equipamento de cultura. Em 2009, eram 361.
Biblioteca Pública dos Barris, em Salvador (Foto: Mateus Pereira/Secom)
Biblioteca Pública dos Barris, em Salvador
(Foto: Mateus Pereira/Secom)
A presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), Regina Céli de Sousa, diz que os dados não refletem a realidade, ainda mais crítica. “Há casos em que a biblioteca é listada no sistema, mas ela está fechada.” O conselho diz que não estão em funcionamento várias das bibliotecas listadas no site do governo federal.
“Em muitos estados, o que existem são apenas espaços com amontoados de livros sem nenhum tipo de controle, organização, serviço e produtos para a sociedade. Estão lá apenas para justificar as verbas recebidas”, afirma a presidente do CFB. “É difícil encontrar nas bibliotecas públicas do país espaços prazerosos, com um acervo atualizado, e isso é fundamental para que a população frequente os espaços.”
Na semana passada, foi comemorado o Dia Nacional do Livro. Segundo o Instituto Pró-Livro, 76% dos brasileiros não frequentam bibliotecas. Dados da associação mostram também que 50% das pessoas com mais de 5 anos não praticam o hábito da leitura no Brasil – mais da metade diz que a falta de tempo é um dos principais motivos.
Para Regina Céli, um outro problema é a falta de profissionais qualificados atuando nos espaços. “Grande parte não conta com um bibliotecário, que tem um papel fundamental. Além de gerir bases de dados e desenvolver produtos e serviços de qualidade à população, ele atua com mediação e rodas de leitura, com a hora do conto”, diz.
Diferenças regionais

O estado com a maior oferta de espaços por habitante é o Tocantins. São 141 bibliotecas – uma para cada 10 mil pessoas. Já o Rio de Janeiro registra o pior índice: um equipamento para cada 111 mil. O estado, que tem 16 milhões de habitantes, abriga apenas 148 bibliotecas.

Entre as regiões, a que possui o maior número absoluto de bibliotecas é a Sudeste: 1.968. Na Nordeste, são 1.873. A região Sul possui 1.263, a Norte, 525, e a Centro-Oeste, 519.
Compromisso

A Fundação Biblioteca Nacional diz, no entanto, que tem realizado ações para ampliar a quantidade de bibliotecas e que a meta de zerar o número de municípios “vem sendo pactuada junto aos governos estaduais e municipais”. O órgão não comenta as críticas do CFB.

Segundo a fundação, por meio do projeto ‘Mais Bibliotecas Públicas’, o Sistema Nacional de Bibliotecas tem realizado um processo de “mobilização local” em busca da ampliação. O órgão diz ainda que, com o programa, foi possível reunir 1.400 gestores públicos de mais de 350 cidades do país. Vários encontros já foram feitos nos estados.
Também está em curso, de acordo com a fundação, um projeto que tem o objetivo de transformar bibliotecas em referência em acessibilidade. “O governo federal investe na área de bibliotecas integrando as instituições de ensino na área de biblioteconomia”, informa.
Fonte: www.g1.globo.com

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Bibliotecas públicas têm situação precária em vários estados do Brasil

Em Manaus, a Biblioteca Pública está abandonada há 3 anos. No Rio, Biblioteca Nacional tem parte de acervo armazenado no cais do porto.


As bibliotecas públicas estão em situação precária em vários estados do Brasil. São livros ameaçados, poucos funcionários e prédio com estrutura inadequada – problemas que afastam leitores e também põem obras raras em risco.
Um senhor prédio. Mais de 100 anos guardando a história de Manaus. A Biblioteca Pública da cidade está abandonada há três anos. Mato ao redor, portas quebradas e pichações. Os livros foram para outro prédio, alugado, esperando pela obra que nem data para começar tem. 
A prefeitura de Manaus ainda negocia com o governo federal a liberação de verbas para a reforma. Já em Brasília, quem interditou a Biblioteca Demonstrativa foi a Defesa Civil, por problemas estruturais na marquise. A reforma começou em agosto e ainda deve levar mais quatro meses.
A Biblioteca Pública de Alagoasestá fechada há três anos. Segundo a Secretaria de Cultura a obra demorou porque o prédio é tombado. E só no mês que vem a restauração ficará pronta.
Suntuosa, acervo de obras raras, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiroestá entre as dez maiores do mundo. Na América Latina ocupa o primeiro lugar. Mas nem por isso escapa dos problemas. A reforma da rede elétrica e do telhado já começou. Mas ainda falta muito a fazer. A consequência da falta de espaço pode ser vista pelos corredores do prédio histórico.
Na época em que foi construído o prédio, há 104 anos, a capacidade era para 1 milhão de livros e documentos. Hoje, o acervo é de 10 milhões. E todos os meses chegam 25 mil novas publicações.
O jeito foi abrigar boa parte dos livros e jornais em prateleiras, em um antigo armazém de grãos do cais do porto.
O presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Renato Lessa, garante que as obras não correm risco. “Nenhum risco. Esse acervo está guardado ali, não está guardado em condições ideais, tanto não está guardado em condições ideais que nós vamos fazer obra no anexo”, afirma.
A biblioteca abriu concurso para escolha do projeto de arquitetura do novo prédio anexo, na zona portuária. O local vai receber parte do acervo para desafogar a estrutura da sede, no centro do Rio de Janeiro.
O presidente da entidade reconhece a dificuldade de resolver tudo com agilidade.
“Burocracia brasileira é terrível, você tem a pior combinação possível, que é de um lado urgência e do outro lado lentidão, isso enlouquece o gestor”, diz Renato Lessa.
A Associação dos Servidores da Biblioteca Nacional defende a contratação de mais profissionais especializados, melhores salários e mais recursos para os restauros.
Hoje o Brasil tem mais de 6 mil bibliotecas públicas. Segundo a pesquisadora Fabíola Farias, a rede chega a 98% dos municípios.
Mas isso não significa um serviço de qualidade. Boa parte do acervo vem de doações. E muitas bibliotecas não tem projeto pedagógico.
“Eu acho que a biblioteca pública no Brasil hoje não sabe o que fazer, o seu papel na formação de leitores, o seu papel na consolidação da cidadania. E é claro que faltam investimentos, a gente precisa de muito mais investimento nas bibliotecas”, afirma a mestre em Letras.
O Ministério da Cultura informou que 40 novos bibliotecários devem começar a trabalhar na Biblioteca Nacional do Rio já no mês que vem. O Ministério da Cultura disse também que vem ampliando os repasses para manutenção de bibliotecas.
Fonte: http://g1.globo.com em 10.10.2014