quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A CRIATIVIDADE VAI SALVAR O MUNDO (SE A BUROCRACIA NÃO NOS TIRAR O DIREITO DE PENSAR)

Em entrevista exclusiva ao Administradores.com, o sociólogo Domenico de Masi faz projeções sobre o futuro do planeta, explica por que o excesso de trabalho é negativo, critica o Google e o Facebook e, claro, culpa a burocracia pela maioria dos problemas do planeta

"Os burocratas são os assassinos tristes dos alegres criativos". Com essa pequena frase – tão cheia de efeito quanto de significado – o sociólogo italiano Domenico de Masi nos respondeu por que odeia tanto a burocracia. E é justamente essa repulsa a base de boa parte de seu pensamento, que o tornou uma das figuras de maior influência no mundo desde os anos 1970, quando suas obras ganharam notoriedade. Para Domenico, a burocracia gera trabalhos desnecessários, os trabalhos desnecessários nos fazem trabalhar mais, e trabalhando mais em atividades burocráticas temos menos tempo para dedicar à atividade intelectual, para ele, o motor que move o mundo (e nas próximas décadas moverá ainda mais).


O sociólogo estará no Brasil no próximo dia 5, quando fará a abertura do XXII ENBRA (Encontro Brasileiro de Administração) e do VIII Congresso Mundial de Administração, que acontece no Rio de Janeiro. Em entrevista exclusiva ao Administradores.com, ele adiantou alguns pontos que devem permear sua palestra. Ele faz projeções sobre o futuro do planeta, explica por que o excesso de trabalho é negativo, critica o Google e o Facebook e, claro, culpa a burocracia pela maioria dos problemas do planeta (lembrando que, para ele, a burocracia não é simplesmente a demora na tramitação de um documento em um órgão público, mas todas as dificuldades cotidianas que os processos - muitas vezes inúteis - que criamos no dia a dia geram para nossas vidas).

EMPRESÁRIO BRASILEIRO PAGA 14º SALÁRIO A COLABORADORES QUE LEREM UM LIVRO POR MÊS

Em entrevista ao Administradores.com, o empresário Francis Maris Cruz, presidente do Grupo Cometa, conta os detalhes de sua gestão diferenciada voltada à educação - que conta ainda com MBA dentro da própria empresa e até biblioteca em cada uma de suas lojas.

Ele começou aos 12 anos vendendo coxinha de porta em porta. Hoje, Francis Maris Cruz é o presidente de uma das maiores redes de revendas de automóveis e motos do país. O Grupo Cometa, só em 2011, alcançou a venda de mais de 40 mil motocicletas.

No entanto, o que realmente chama atenção no executivo não é a sua ascensão na carreira, mas sim, os diferentes ingredientes que trouxe para a administração da empresa e ajudaram a se consolidar no mercado. Todos os 1.200 funcionários, por exemplo, que leem um livro por mês – e entregam uma resenha – recebem o 14° salário no fim do ano.

Além disso, implementou um projeto audacioso chamado de Universidade Cometa. Nele, oferece um MBA em Gestão de Concessionárias aos seus funcionários. Há também bibliotecas em todas as lojas do Grupo e diversos projetos sociais que vão desde o plantio de árvores frutíferas na casa das famílias carentes, alfabetização de adultos a sessões de filmes para crianças moradoras de cidades em que o cinema mais próximo ultrapassa mil quilômetros.

"A ideia não é dar o peixe, mas sim, ensinar a pescar. Esse é o nosso lema", ressalta Francis, que também foi eleito o próximo prefeito da cidade de Cáceres (MT). O Administradores.com conversou com o executivo para entender melhor todo esse modelo de gestão diferenciado do Grupo Cometa. Leia, abaixo, a entrevista.

Sua história começou aos 12 anos vendendo coxinha. Como foi essa trajetória até chegar ao presidente do Grupo Cometa?

Meu pai era motorista de caminhão, mas chegou uma época em que o dono do caminhão vendeu o transporte e ele ficou desempregado. Então, minha mãe começou a fazer coxinhas e salgadinhos para meus irmãos e eu vendermos na rua. Nessa época, começou nosso trabalho como vendedor de porta em porta. Com isso, as coisas foram melhorando e a família acabou comprando um bar.

Em 1970 mudamos para outra cidade. Quando chegamos lá, o carro quebrou e faltavam peças. Acabou surgindo a ideia de abrir uma autopeças. Então, sem experiência nenhuma, a família embarcou com a cara, a coragem e a loucura. No início não vendia nada, foi difícil e acabamos vendendo roupas nessa época também para ir sobrevivendo.

Até que a autopeças foi melhorando e 1984 conseguimos ter 10 lojas nesse setor. Na época, a gente tinha um consórcio para um fusca e eu acabei trocando ele por uma moto. Minha mãe tinha achando um absurdo. "Como você troca um carro 0 km por uma moto? Você que é visto como um cara que saber fazer negócios". Isso de alguma forma despertou o meu interesse e acabei mandando uma correspondência para a Honda, para abrirmos uma concessionária aqui na cidade. No primeiro momento não deu certo, só depois de muito tempo conseguimos abrir a primeira loja. O negócio foi dando certo, fomos crescendo e consolidando o negócio na região. Hoje, temos 11 revendas Honda, três Volkswagen e duas revendas Hyundai, além de propriedades rurais.
Você tem uma iniciativa com livros bastante peculiar com seus funcionários, que envolve um 14º salário. Você pode nos explicar como funciona e como surgiu essa ideia?

Toda vez que você tem uma deficiência, você procura suprir de uma maneira. Em nosso caso, tínhamos uma deficiência em achar pessoas com nível superior, pessoas já formadas. Diante disso, precisávamos capacitar nossos funcionários. Então, além deles participarem de todos os cursos, treinamentos, congressos, nós fizemos esse projeto dos livros. Instituímos que todo o colaborador deveria ler um livro por mês e entregar um resumo.

Então, a loja atingindo as metas, o funcionário recebe o 14º salário e até o 15º salário. O detalhe é que para o funcionário receber, ele tem que ter ler os 12 livros e entregar os resumos. Isso é uma maneira de incentivá-los para que leiam e estejam sempre se atualizando. É uma formação pessoal e profissional muito boa que tem dado ótimos resultados. Isso ajudou os nossos colaboradores a crescerem muito. Só para você ter uma ideia, 99% dos nossos gerentes começaram de baixo, são prata da casa, e foram desenvolvendo suas habilidades.
É uma iniciativa direcionada para todos os funcionários?

Sim. Para todos. Cada loja tem uma biblioteca de 200 a 300 livros disponíveis para uso comum, o que torna uma oportunidade intelectual para o crescimento de cada um.
Qual é a média de adesão dos funcionários com essa iniciativa?

A média de leitura é muito alta, aproximadamente 95% dos funcionários. Enfim, temos uma confraternização, onde celebramos os aniversariantes do mês. E nesses momentos, fazemos o sorteio de 10 colaboradores para comentarem sobre o seu livro e dizer o que acharam. Inclusive, há muitos colaboradores que, mesmo não sendo sorteados, pedem para falar sobre o livro que leram.
Outra ação que chamou bastante atenção foi a Universidade Cometa. Vocês fizeram um MBA em Gestão para seus funcionários?

A cada trimestre eles têm uma matéria e aí os funcionários vão recebendo um suporte daquilo que vem no dia a dia do trabalho. É um MBA de formação de administradores de concessionárias. Eu fui dar uma palestra recente em Curitiba e todo mundo reclamando que não encontra funcionário capacitado no mercado e que não acha para contratar. E me perguntaram como fazemos isso já que estamos sempre abrindo novas lojas em expansão. E a resposta é: nós formamos. Nós investimos pesado na formação deles, e é o que nos tem dado tranquilidade, pois às vezes o funcionário recebe propostas até maiores do que pagamos, mas ele prefere permanecer.
Fora isso, há também projetos socioambientais como o incentivo a plantar árvores e cinema. Você pode nos contar mais detalhes sobre esses projetos que fazem?

Temos o projeto Cometa Educação, aonde o professor vai à casa do aluno e dá aula. É uma parceria com a UNEC e os alunos de Pedagogia. Tem o Cometa Fortificar, que é um projeto ecológico de plantio de árvores, onde plantamos árvores frutíferas na casa das famílias carentes.

Tem ainda o Cine Cometa, onde levamos os alunos de escolas municipais e estaduais para assistir filmes em nossos auditórios. Depois da sessão, eles fazer um trabalho em grupo sobre as mensagens principais do filme para que ampliem sua percepção. É servido até pipoca, refrigerante, enfim, para que aconteça o aspecto lúdico do cinema.

Temos o Cometa Solidariedade que é de doação de motocicletas para entidades. Enfim, temos vários projetos, como a Inclusão Digital, o Cometa Redação que, de alguma maneira, vem colaborando para o crescimento da comunidade. A ideia não é dar o peixe, mas sim, ensinar a pescar. Esse é o nosso lema.
Notamos que existe uma preocupação muito grande com os colaboradores. Poderíamos dizer que essa é o segredo de sucesso de grandes empresas, pelo menos o seu? Dar uma grande atenção aos funcionários...

Sem sombra de dúvida. Você não consegue desenvolver um sonho sozinho. É preciso que você tenha pessoas, que estejam ao seu lado e que acreditem. Aquelas que estejam dispostas a lutar junto com você. É isso o que faz o sucesso do Projeto Cometa. O tripé colaboradores, ética e clientes bem atendidos está permitindo abrirmos novas lojas e crescermos.
Você conhece bem como administrar uma empresa privada e acabou de ser eleito prefeito na cidade de Cáceres. O que você acredita que dá para extrair da administração privada para aplicar na administração publica?

Eu pretendo levar esse sistema de gestão e valorização que nós temos para administração pública. A ideia é que eles se motivem e trabalhem com afinco, para que também sejam reconhecidos pela sociedade como bons prestadores de serviço. É acabar com aquela imagem que todo funcionário público que é vagabundo e não trabalha. Nós precisamos mudar essa imagem. É isso que vou propor na prefeitura: que os servidores trabalhem com empenho no atendimento da população para que tenhamos um resultado satisfatório e consigamos fazer uma boa administração. 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

PROGRAMA LEVA BIBLIOTECAS RURAIS A FAMÍLIAS DE AGRICULTORES DE RORAIMA

Ação é desenvolvida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Projeto pretende incentivar a leitura e facilitar o acesso à informação.

Famílias de agricultores do sul de Roraima ganharam uma biblioteca. A ação do Ministério do Desenvolvimento Agrário tem o objetivo de incentivar a leitura e facilitar o acesso à informação.

 Há seis anos, Oneide Araújo e a família realiza a tarefa diária de cuidar do cultivo de hortaliças na chácara onde moram. Toda produção é comercializada em uma feira no município do João da Baliza, no sul de Roraima. Como outros produtores, a agricultora aprendeu o trabalho na prática.

 As bibliotecas rurais darão aos produtores a possibilidade de consultar livros e tirar dúvidas sobre a vida rural. O conhecimento por meio da leitura chega às comunidades rurais através do Programa Arco das Letras. No lugar há exemplares que vão desde a literatura infantil a livros técnicos.

 A missão dos agentes de leitura, escolhidos pelas comunidades onde moram, é conquistar leitores a cada dia. Eles aprendem como irá funcionar a biblioteca na comunidade. O agente de leitura Raimundo Araújo, do município de Caroebe, foi capacitado e será responsável por uma das bibliotecas rurais.

 Em Roraima, já são 70 bibliotecas rurais do projeto que atende 15 mil famílias.

COMO SE FAZ UMA BIBLIOTECA


Uma biblioteca não se faz de doação de livros que não queremos mais em casa - “isto é sucata” -, e o acervo deve ser selecionado conforme a demanda de cada público. Para cada tipo de biblioteca, uma função diferente e, consequentemente, uma acervo diversificado. É o que sustenta a Professora da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia, da Universidade Federal de Goiânia, Maria das Graças Monteiro Castro. Professora na disciplina Formação e Desenvolvimento de Coleções (Acervo) e Diretora da Editora UFG, esteve à frente do Projeto Leia Goiânia, de 2001 a 2004, onde implementou 92 bibliotecas na rede municipal de ensino de Goiânia e 98 bibliotecas circulantes nos centros municipais de educação infantil. Nesta entrevista exclusiva ao Instituto Ecofuturo, Graça Castro fala da diferença entre espaços de leitura e biblioteca, das particularidades e esforços de implementação de bibliotecas escolares e dos desafios para que se cumpra a lei 12.244/10, que determina a implantação de bibliotecas em todas as instituições de ensino do País até 2020.

 

No 14° Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, realizado recentemente no Rio de Janeiro, você chamou a atenção para a diferença entre espaços de leitura e bibliotecas. Poderia nos dizer, em linhas gerais, que diferença é essa e por que ela deve ser levada em conta ao se pensarem políticas de promoção da leitura?

Espaço de leitura é todo e qualquer espaço que proporcione conforto para o ato de ler. Portanto, estamos falando de um banco de ônibus, trem, avião, sofá da sala ou mesmo um tapete com almofadas, uma cadeira de praia, debaixo de uma árvore frondosa, enfim são inúmeros.

A biblioteca seria aquele lugar previamente preparado para abrigar o suporte e o ato de ler. O lugar que promove o encontro do leitor com as mais variadas estruturas textuais e suportes de leitura. Ali encontramos o livro para o puro deleite ou para nos trazer conhecimentos específicos que precisamos. A biblioteca democratiza o acesso do conhecimento e atua na formação permanente do sujeito leitor por meio do acervo selecionado para um público específico, com atividades que deem suporte para o processo de pesquisa por meio de buscas de fontes de informação. A organização do espaço físico favorece o encontro do leitor com o livro.

 
De 2001 a 2004, você implementou 92 bibliotecas escolares na rede municipal de ensino de Goiânia e 98 bibliotecas circulantes nos centros municipais de educação infantil, através do Projeto Leia Goiânia. Quais as particulares desse tipo de biblioteca e como concorreram os esforços para implementá-las e mantê-las em pleno funcionamento?

O projeto previa a reestruturação das salas de aula que eram denominadas bibliotecas na rede municipal de ensino de Goiânia. Fizemos um diagnóstico físico e estrutural destes espaços nas 156 escolas da rede e detectamos que em 92 poderíamos atuar imediatamente.

Com a criação de um Sistema de Bibliotecas Escolares para a Rede Municipal de Ensino de Goiânia, capaz de articular a proposta de educação inclusiva, quatro ações foram implementadas: a reestruturação física das bibliotecas; a formação continuada nas áreas técnica e pedagógica; o estabelecimento de diretrizes para a política de seleção e aquisição do acervo; e o estabelecimento de diretrizes para a garantia da atuação da biblioteca como um centro dinamizador da leitura e difusor de conhecimento.

Como abrangia a educação infantil, o ensino fundamental e a educação de adolescentes, jovens e adultos, e considerando as diferentes condições das unidades de ensino, o projeto estabeleceu um cronograma em que o atendimento se daria inicialmente nas escolas que já dispusessem de espaço físico adequado e se estenderia, posteriormente, até aquelas que necessitassem de adequação e/ou construção da sala destinada à biblioteca.

Estruturou-se uma biblioteca padrão de 40 m2 (veja layout abaixo). Contamos com a assessoria de um grupo de arquitetos ( Argumento Arquitetura), um grupo selecionado de professores das universidades estadual e federal, bem como de professores da própria rede para selecionarmos o acervo e iniciamos um processo de formação de diretores, coordenadores e auxiliares de biblioteca.

Você também sustenta que o acervo deve ser escolhido em consonância com as demandas do público de cada biblioteca. Como reconhecer essas demandas? Variam, realmente, de público para público de maneira tão perceptível? Não haveria, dentro do patrimônio cultural de um país, um acervo de interesse comum a leitores de todas as regiões?

Como professora da disciplina de Formação e desenvolvimento de coleções (acervo) do curso de biblioteconomia, sempre digo aos meus alunos que uma biblioteca deve ser sempre planejada para atender seus usuários. Um acervo nunca pode ser formado aleatoriamente e menos ainda com doações. Para cada tipo de biblioteca , uma função diferente e, consequentemente, um acervo diferente. No caso específico da biblioteca escolar o acervo deverá atender ao projeto político pedagógico da escola e atender às especificidades deste currículo.

No Projeto Leia Goiânia, a política de seleção adotada para compra do acervo foi desenvolvida por uma equipe de professores da Universidade Federal de Goiás, da Universidade Estadual de Goiás e da rede municipal de ensino. Na constituição do acervo, levou-se em conta a necessidade de oferecer diversas estruturas textuais: literatura, obras de referência, livros informativos e textos teóricos de apoio aos professores. Por decisão prévia, os livros didáticos foram retirados da biblioteca. A seleção de cerca de 2.800 títulos contemplou: obras de referência, contos populares, histórias em quadrinhos, literatura infantil, literatura juvenil, literatura para jovens e adultos, livros informativos nas mais diversas áreas (ciências, história, geografia, matemática, artes e língua estrangeira) e livros de apoio teórico para o professor nessas mesmas áreas.


Como você tem acompanhado os desdobramentos da efetivação da lei 12.244/10, que determina a implantação de bibliotecas em todas as instituições de ensino brasileiras até 2020?

A lei é extremamente válida, no entanto não há garantia de que será realmente implantada. Temos uma série de limitadores:

1) O tamanho do sistema educacional brasileiro e as competências de cada instâncias federativas: união, estado e município;

2) A falta de definição de uma política de implantação de bibliotecas escolares pelo MEC, como fiscalizador, definindo a abrangência/conceitos, acervo básico (do próprio PNBE, por exemplo); espaço físico, mobiliário, equipamentos eletrônicos etc.

3) Falta de profissionais qualificados para atuar no espaço pedagógico. Os cursos de biblioteconomia deveriam preparar o profissional par atuar neste universo, aliando conhecimento das áreas específicas da informação com os conhecimentos pedagógicos.

 
Quais os cuidados que precisamos observar, se isso é possível, para que a leitura em bibliotecas escolares ultrapassem o uso meramente paradidático da literatura?

Fazer com que a biblioteca realmente seja inserida no contexto pedagógico: participar do projeto político pedagógico e fundamentalmente da prática cotidiana dos professores.

 
Como o professor pode identificar o tipo de biblioteca adequado para o seu desempenho como docente?

As universidades e faculdades têm que possuir obrigatoriamente, para que seus cursos sejam autorizados pelo MEC, bibliotecas universitárias, que por sua vez devem ter em seus acervos a bibliografia básica das disciplinas dos cursos que possuem. Assim sendo, um aluno de qualquer curso de licenciatura deveria ter a biblioteca de sua universidade como referência para sua formação. Quem sabe assim, não seria tocado pela necessidade de ter uma pequena biblioteca de área em sua própria casa?

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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

29 DE OUTUBRO – DIA NACIONAL DO LIVRO

Você sabe por que 29 de outubro foi escolhido para ser o Dia Nacional do Livro? É que nesse dia, do ano de 1810, o Brasil ganhou a sua primeira biblioteca! A Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil e se tornou a Biblioteca Nacional.

 O acervo chegou antes, em 1808. Era composto por cerca de 60 mil peças incluindo livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas. Como a bilbioteca ainda não estava pronta, as obras ficaram guardadas no Hospital do Convento da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro.

 Quando os livros foram transferidos para a sua casa oficial, a Biblioteca Nacional foi inaugurada. Mas ela só foi aberta ao público em 1814.

 Em 1910, a Biblioteca passou a ter uma nova sede. Hoje, segundo a Unesco, a Biblioteca Nacional, situada na Avenida Rio Branco, 219, no centro da cidade do Rio de Janeiro, é a maior biblioteca da América Latina e a oitava maior do mundo.

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EX-ANALFABETA FAZ CAMPANHA PARA AMPLIAR BIBLIOTECA CRIADA POR ELA NICE, COMO É CONHECIDA, ABRIU ESPAÇO EM 2005, COM CERCA DE 800 LIVROS.

HOJE, AS 3 SALAS ACUMULAM QUASE 4,5 MIL PUBLICAÇÕES E 60 VISITANTES DIÁRIOS


Cleonice da Silva era dona de casa e tinha uma filha adolescente. Estava preocupada com a violência na comunidade onde mora, Caranguejo Tabaiares, na Ilha do Retiro, no Recife. O ano era 2005, quando, por meio de um trabalho com idosos, conheceu a diretora de uma escola mantida pela Universidade de Pernambuco (UPE), que lhe deu uma boa ideia para superar a angústia no peito. Mesmo sem sabe ler ou escrever, Nice, como é conhecida, abriu uma biblioteca comunitária.

 Os livros vieram de doações de professores e alunos da universidade, cerca de 800, no total. O aluguel do espaço era pago com dinheiro que Nice conseguia vendendo doces e salgados. O imóvel foi reformado com ajuda de parceiros que conseguiu junto com a UPE. Sete anos depois, a iniciativa colhe frutos. O local está sempre lotado de crianças, que preferem pegar um livro a ficar de bobeira na rua. Hoje, a luta é para ampliar o espaço. O novo prédio já começou a ser construído, a poucos metros da sede atual, mas falta dinheiro para concluir o sonho.

 Não cabe mais nada na Biblioteca Comunitária Caranguejo Tabaiares, que ocupa pouco mais de 30 metros quadrados. Nem livros - atualmente, são quase 4,5 mil que lotam estantes e caixas -, nem a garotada, já que o espaço registra uma média de 60 visitas por dia. Kemilly Silva, 8 anos, é frequentadora assídua. Acabou de ler "O Pequeno Polegar" e sabe contar a história todinha. "Minha mãe diz que eu estou ficando mais esperta agora", orgulha-se.

Leitura x violência

O local abre nos três turnos, de segunda a sexta-feira. O imóvel tem apenas três salinhas para acomodar tudo e todos, e um banheiro. Não há ar-condicionado. Ninguém paga nada para pegar um livro emprestado. Basta fazer o cadastro e devolver o empréstimo no prazo de uma semana. Quase não há atrasos na entrega. Para pegar outra obra, só estando com a ficha limpa.

 Nice também conhece todo mundo na comunidade, mora lá há 40 anos, é capaz de buscar o livro na casa da pessoa se houver atraso. E foi por gostar tanto de Caranguejo Tabaiares que ela resolveu montar a biblioteca. "Aqui, naquela época, morriam três, quatro adolescentes por mês, fora o crack. Me preocupava, isso. Os meninos largavam da escola e iam para rua, não tinham opção. Vinha um traficante e pronto. Agora, muitos passam horas aqui, e a violência diminuiu muito", acredita.

 Nice tem 55 anos e conta que, há cerca de cinco, começou a estudar. "Minha família era pobre, e tive que trabalhar para sustentar minha filha. Às vezes pensava, 'e se alguém pedir para eu ler alguma coisa, eu não vou saber'. Agora, sei ler e escrever. Gosto mais de livros de receita, já que trabalho cozinhando", afirma.

 A biblioteca tem livro de receitas, mas o forte é literatura infantil. É por essas prateleiras que Danrley Silva, 15 anos, busca a próxima leitura. Desde criança frequenta o espaço. Um dos livros de que mais gostou foi "O Patinho Feio". "[Gostei porque] É uma história humilde, como a minha. Aprendi que não vale julgar ninguém pelas aparências, como já aconteceu comigo, por morar aqui", ensina. "Peter Pan" também está na lista dos favoritos. "É que mostra um mundo diferente do meu, cheio de aventuras", explica.

Voluntários

Nove pessoas trabalham na biblioteca. Eles dividem cinco bolsas de incentivo. Nem vale a pena dizer quanto fica para cada um. O que vale mesmo é o amor que têm pelo trabalho. É por isso que Mayara Silva, 19 anos, está lá, todos os dias, fazendo de tudo um pouco, há quatro anos. "Adoro contar histórias para as crianças, e tem umas que realmente cativam a gente. Sabemos que em casa apanham, sofrem violência, mas vêm aqui se divertir", comenta.

 Mayara adora ler Pedro Bandeira. O livro "A Marca de Uma Lágrima" é o predileto dela. A jovem faz cursinho pré-vestibular, quer tentar uma vaga em Biblioteconomia ou Design Gráfico. Imaginem o por quê? "É que aqui eu organizo o acervo e também mantenho o blog da biblioteca", conta, aos risos.

 A estudante de Pedagogia Jully Almeida também trabalha no local e desenvolve um projeto bem bacana: um intercâmbio com a biblioteca de Rua de Nantes, em Paris. "Os franceses mandam livros para cá e o meninos daqui produzem material para eles. É muito legal. Adoro contar histórias em francês para eles. Já produzimos até uma peça", disse.

 Para isso, Jully está aprendendo a língua estrangeira e aproveita para ensinar às crianças, como Kaylane Milet, 9 anos. "Já sei contar números, perguntar 'comment tu t'appelles?' [como você se chama?], falar bonjour [bom dia], várias coisas. Às vezes me 'amostro' um pouqinho, mas só para meus pais", entrega Kaylane.
Lentidão nas obras

 O novo espaço para a Biblioteca Comunitária de Caranguejo Tabaiares já tem terreno e as obras começaram, mas se arrastam com dificuldades ao longo de mais de um ano. Faltam materiais de construção e dinheiro para custear a mão de obra, valor estimado em R$ 200 mil. O imóvel está sendo construído junto com o Clube dos Idosos Unidos Venceremos, que pertence à mesma comunidade e também vai usar o espaço para as suas atividades.

 Para doar materiais de construção, é possível em contato com a empresa M5 Contabilidade e Consultoria Empresarial, que funciona no mesmo bairro, e resolveu organizar uma campanha que segue até dezembro de 2012. O telefone é (81) 3231-4708.

 Doações em dinheiro podem ser realizadas com depósito na conta poupança do Clube de Idosos Unidos Venceremos: Banco do Brasil, agência 1833-3, Conta-poupança 24.332-9, variação 51. Outras informações estão disponíveis no blog da biblioteca.

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DEMITIDO TERÁ CONTRATO DE RESCISÃO MAIS DETALHADO A PARTIR DE NOVEMBRO

Para poder receber o seguro-desemprego e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, os trabalhadores que forem demitidos de uma empresa, a partir de 1º de novembro, terão que assinar um novo Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho - TRCT. O documento, bem mais detalhado, terá um campo específico até para as gorjetas, caso tenham sido recebidas, e para as férias vencidas e proporcionais, por período de aquisição. 

De acordo com a advogada trabalhista da IOB Folhamatic, Ydileuse Martins, as empresas deverão ainda adotar dois formulários: o Termo de Quitação e o Termo de Homologação. "O Termo de Quitação deverá ser utilizado em conjunto com o Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, que será válido quando o empregado tiver menos que um ano de serviço", diz.

"Por sua vez, o Termo de Homologação será usado para as rescisões de contrato das pessoas que têm mais de um ano de serviço. Nesses casos também é obrigatório a assistência e homologação pelo sindicato profissional da categoria ou pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE".

A advogada alerta que os termos de rescisão de contrato de trabalho elaborados pelas empresas só poderão ser aceitos até o dia 31 de outubro de 2012. Ydileuse explica que os novos TRCTs foram estabelecidos pela Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego nº 1.057/2012, publicada no Diário Oficial da União do dia 9 de julho, e retificada no dia 12 de julho de 2012.

"A medida inseriu um novo código de causa e afastamento no documento, para preenchimento respectivamente nos campos 22 e 27: o ‘NC0, que corresponde à causa do afastamento de rescisão por nulidade do contrato de trabalho, declarada em decisão judicial", relata.

A partir de 1º de novembro, os sindicatos, as Superintendências Regionais do Trabalho e a Caixa Econômica Federal exigirão os novos modelos de TRCT e os Termos de Quitação e Homologação. Para a especialista, "o novo modelo deixa mais claro para o trabalhador o que está sendo pago na rescisão", finaliza Ydileuse Martins.


Fonte: Canal Executivo


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ACERVO SOBRE BRASIL É ABERTO EM UNIVERSIDADE DOS EUA

A Universidade Brown, uma das mais tradicionais dos Estados Unidos, inaugura hoje a sua coleção Brasiliana.

A coleção tem como âncora a biblioteca pessoal do brasilianista Thomas E. Skidmore, 80, doada à universidade em 2006. São 6.000 livros, em português e inglês, dos séculos 19 e 20, em áreas relacionadas a nacionalismo, política, raça, economia e história brasileiros.

Na coleção também há desde literatura de cordel às primeiras críticas literárias ao trabalho de Machado de Assis, além de panfletos da Igreja Positivista do Brasil, livros sobre espiritismo, escravidão e a luta abolicionista.

A Brasiliana é uma iniciativa do professor de História e Estudos Brasileiros James Green, que dirige a coleção.

O lançamento uniu os Centros de Estudos Latino-Americanos e do Caribe e os Departamentos de Estudos brasileiros e portugueses.

Localizada em Providence, a 250 km de Nova York, e fundada em 1764, a Universidade Brown tem uma das maiores coleções de livros de América Latina e Brasil nos Estados Unidos. Sua biblioteca possui 6,8 milhões de livros.

O acervo do brasilianista foi catalogado e organizado pelos alunos nos últimos dois anos e um site será lançado para facilitar o acesso à documentação.


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terça-feira, 23 de outubro de 2012

CAMPANHA QUER ZERAR DÉFICIT DE BIBLIOTECAS NO BRASIL

Imagine se 24 bibliotecas fossem instaladas diariamente no país até os próximos oito anos. O que seria considerado um sonho para as instituições de ensino é, na verdade, a conta que precisaria ser feita para atender à lei 12.244, sancionada há dois anos, que obriga todas as escolas públicas e privadas a implantarem bibliotecas até 2020. Para dar luz ao tema, o Instituto EcoFuturo em parceria com empresas privadas e organizações civis lançou recentemente a campanha Eu Quero Minha Biblioteca. A ideia é sensibilizar os candidatos e prefeitos eleitos pelas eleições municipais e, principalmente, mobilizar a população para exigir a efetividade deste direito.

No ar até 2020, a campanha mantem um portal onde as pessoas podem encontrar informações sobre a lei, detalhes sobre os projetos de lei em tramitação que abordem temas relativos às bibliotecas, audiências públicas agendadas, informações sobre como montar essas bibliotecas, quais escolas já criaram as suas e ainda um mapa, em tempo real, que mostra a adesão da população e de candidatos ao movimento.

Ao aderir à campanha, os participantes passam a ser informados sobre estratégias que podem e devem ser implementadas no âmbito da política pública local. A ideia é articular uma rede ativa de mobilizadores, promovendo o mesmo impacto social do projeto Ficha Limpa (projeto de lei que teve origem na sociedade e que ganhou espaço na câmara legislativa depois de uma mobilização em massa e foi efetivado). Até agora, mais 800 pessoas em 379 municípios de todos os estados do país já apoiaram a campanha, que também conta com a adesão de mais de 20 parlamentares e 74 instituições.

Segundo Christine Fontelles, diretora de educação e cultura do Instituto EcoFuturo e uma das principais idealizadoras da campanha, a implantação das bibliotecas é apenas um dos eixos do grande tema que é a educação para a leitura no Brasil. "Ter o espaço é fundamental mas paralelamente é necessário discutir esse recheio. É preciso assegurar tanto uma arquitetura confortável como profissionais dentro dessas bibliotecas e acervos que conversem com o projeto pedagógico", afirma.

Ainda de acordo com Christine, a preocupação com a leitura no Brasil entrou em pauta há cerca de uma década e vem, pouco a pouco, ganhando uma projeção maior, ainda que não seja tratada de uma forma muito adequada para a efetividade da política pública. "Em muitas regiões, surgem 'jegue-livro', 'carro-livro', 'balsa-livro' ou 'bicicleta-livro' buscando dar conta desse déficit", diz.

Cartilha

Outra ação da campanha é distribuição de uma cartilha que orienta gestores públicos sobre como acessar recursos para implementar e manter bibliotecas. A publicação traz, por meio de uma linguagem bem simplificada, informações relacionadas a espaço e infraestrutura – com livros em braile e audiolivros –, equipe e atendimento. "Descobrimos que os gestores, muitas vezes, desconhecem as políticas existentes e não fazem sinapses dos recursos de educação voltados para as bibliotecas", afirma Christine.

A publicação já foi enviada a governadores, secretários estaduais de educação, parlamentares da comissão de educação, imprensa e organizações que fazem parte da coalizão que organiza a campanha. Em 2013, o material será distribuído a todos os prefeitos e secretários municipais de educação.

Bibliotecas-parque

Um das inspirações da campanha é o modelo realizado pelo país vizinho. Na Colômbia, todas as escolas têm biblioteca e o processo de implementação dessas fez parte de um esforço maior para ampliar a cultura de leitura da população. A proposta integrou um programa nacional de redução da violência, que teve início em Medelín e expandiu para outras cidades como Bogotá (considerada a Capital Mundial do Livro pela Unesco em 2007). " Essas cidades oferecem um serviço público de referência, mantêm uma infraestrutura de qualidade e são vocacionadas para promover leitura em todas as faixas etárias", diz Christine.

No Brasil, um modelo similar, também inspirado na iniciativa colombina, é realizado há dois anos no Rio de Janeiro. A Biblioteca-Parque, considerada a primeira no Brasil, tem 3.300 metros quadrados e beneficia moradores de 16 favelas de Manguinhos, uma das áreas mais pobres da cidade. Ainda no estado, a Biblioteca Pública de Niterói é a segunda biblioteca-parque, reinaugurada em julho deste ano. A próxima a adotar o modelo será a favela da Rocinha.
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GOSTO PELA LEITURA É DESENVOLVIDO EM PROJETO



Você sabe por que o dia 29 de outubro é considerado o dia Nacional do Livro? Porque foi nesse mesmo dia, no ano de 1810, que a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil. Foi, então, fundada a Biblioteca Nacional e por isso a data foi escolhida para celebrar o Dia Nacional do Livro. Apesar de a data já existir há muito tempo, o hábito da leitura não é uma prática muito comum no Brasil.

 É o que aponta pesquisa lançada em setembro deste ano, pela Fundação Itaú Social e Datafolha. O estudo apontou que 60% dos entrevistados não teve experiência de leitura de livros ou histórias durante sua infância. Por outro lado, o levantamento demonstrou que os entrevistados têm consciência de que ler é importante para o desenvolvimento intelectual. Com relação à importância e percepção sobre incentivo à leitura, 96% afirmaram ser importante incentivar crianças de até 5 anos a ter gosto pela leitura. Por isso, iniciativas como o projeto Baú de Leitura, metodologia desenvolvida pelo Movimento de Organização Comunitária (MOC), que é desenvolvida na Bahia e em Sergipe, se destaca nessa conjuntura educacional.

 O Instituto Recriando desenvolve o Baú de Leitura desde 2003, projeto que trabalha com a educação contextualizada por meio de três temáticas. A primeira desenvolve atividades referentes à identidade pessoal, social e cultural, abordando a questão do ‘eu’. A segunda temática do projeto trata sobre o meio ambiente, devido à necessidade de despertar a consciência ambiental nas novas gerações. Por último, os educadores do Baú de Leitura trabalham questões relacionadas à cidadania.

 “O objetivo central do Baú de Leitura é provocar o gosto e o prazer pela leitura em crianças e adolescentes. De forma crítica e reflexiva, o projeto visa estimular um olhar voltado à comunidade e à própria realidade, dando outro sentido à leitura, para que ela não cumpra apenas um papel didático. Procuramos trazer a leitura para o contexto dos meninos e meninas para que, assim, eles possam atuar na realidade deles e fazer a diferença, para que eles mudem a realidade deles através do pensamento”, explica a coordenadora pedagógica do Instituto Recriando, Conceição Borges.

 Vera Carneiro, coordenadora do Programa de Educação do MOC completa. “Outro objetivo é praticar uma leitura de forma prazerosa, lúdica e contextualizada com estas crianças e adolescentes, ou seja, estimular o gosto duradouro pela leitura”.

 Foi com essa vontade de valorizar o aprendizado e sensibilizar meninos e meninas, conscientizando-os sobre o papel da leitura, que o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) entrou em contato com o Movimento das Organizações Comunitárias (MOC), organização de Feira de Santana (BA), para que ela realizasse ações voltadas à leitura de forma lúdica e reflexiva junto a crianças. Vale lembrar também a atuação do Centro Dom José Brandão de Castro (CDJBC). Desde o segundo semestre de 2002, por indicação do MOC, o Centro foi convidado pelo UNICEF para implantar e monitorar o projeto Baú de Leitura no interior do estado. Assim, em 2002, foi iniciado trabalho em oito municípios da região citrícola e cinco da região São Francisco.

 De acordo a assessora educacional do CDJBC, Joilda Aquino, atualmente o projeto está acontecendo em 54 municípios do interior de Sergipe, o que equivale a cerca de 70% do estado, estatística bastante promissora. Ela também ressalta que a iniciativa tem se tornado política pública em algumas cidades do interior. “Os municípios que estão com o Baú atualmente mantêm o projeto ou pela secretaria de educação ou pela secretaria de ação social. Os gestores nos procuram e nós fazemos a capacitação dos educadores e monitoramos as atividades”, complementou a assessora.

Resultados

 A educadora Ana Cláudia Ribeiro atua no projeto em Aracaju, onde o Baú de Leitura é desenvolvido pelo Instituto Recriando. Ela conta que de todos os educandos orientados por ela, a menina Clarícia se destaca pela desenvoltura com as palavras. Inteligente e muito comunicativa, a garota é um exemplo de como o estímulo à leitura auxilia no desenvolvimento da aprendizagem e do senso cognitivo. “Nas aulas, ela sempre tem um exemplo para dar. Ela consegue fazer a relação com o que aprende aqui e as vivências dela. Clarícia é bem perceptiva”, comenta a educadora.

 Ela não é a única criança que enche os olhos de Ana Cláudia de alegria. A pequena Francielly também é um dos grandes nomes da turma do Baú de Leitura, que é desenvolvido atualmente na Casinha de Jesus, no bairro Santa Maria. Nas palavras da educadora, a menina é uma mobilizadora social. Apesar da pouca idade, ela consegue estimular os coleguinhas a participar das atividades. “Eu lembro que, em uma atividade do Baú, ela conseguiu organizar as atividades com os meninos como se ela própria fosse a professora. Ela é uma líder nata”, orgulha-se a educadora.

 Esses são só alguns exemplos da importância de um projeto de literatura infanto-juvenil no desenvolvimento intelectual e social dessas crianças. Muito mais do que estimular a leitura, o projeto trabalha as temáticas presentes nos livros por meio de outras atividades. A cada encontro, um novo universo de fantasias é descoberto. E, a cada descoberta, os meninos e meninas empenham-se em dar suas próprias interpretações para as histórias. “É tão bom ver a sinceridade no rosto das crianças. É um trabalho muito gratificante. Fico sem palavras para explicar”, comenta a educadora sobre o resultado obtido no seu trabalho.

Fonte: Ascom Instituto Recriando


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

JUSTIÇA RESGATA ARQUIVO MORTO

A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania reformulou todo o arquivo morto da pasta para contribuir com o resgate da memória da história do Estado e aumentar a transparência dos bens públicos.

 O acervo ocupa o andar superior do prédio onde funciona a garagem da Secretaria da Justiça, no bairro do Glicério. O espaço tem uma área aproximada de mil metros quadrados, e está dividido por 15 prateleiras. Há documentos desde 1893 até os dias de hoje e compreende todos os processos de diferentes áreas de todas as Secretarias do Estado de São Paulo.

 Entre os processos foram encontrados documentação da época da Revolução de 1932, registros de despesas penitenciárias, pedido de camisa de força para crianças e adolescentes, assinaturas de governantes de São Paulo como Pedro de Toledo, solicitação de entrada de imigrantes no país, pedidos de naturalização, entre outras curiosidades.

Tirando o pó

 Angela Maria Peixoto Dias, assistente técnica da Secretaria da Justiça e responsável pela organização do arquivo, explicou que o espaço estava parado, sem organização e limpeza desde 1994.

 O trabalho pesado, segundo ela, começou em fevereiro deste ano, com um mutirão, em que participaram todos os reeducandos, que prestam serviços na Secretaria. O trabalho envolve a ressocialização dos reeducandos, detentos que cumprem pena em regime semiaberto no presídio de Franco da Rocha, e que possui convênio com a Secretaria da Justiça. "Conviver com eles, conhecer a natureza de cada um, os anseios, os sonhos, a pretensão futura me fez pensar que nem tudo é como a gente pensa e que temos que olhar os dois lados”.

 Depois da limpeza pesada, três pessoas se dedicaram a restaurar os processos. Foram nove meses de trabalho envolvendo cerca de dez mil documentos sujos, mofados e empoeirados. Em uma primeira etapa estão sendo resgatados os documentos até 1940. Em uma segunda etapa eles serão separados por ano e data.

  Angela conta que recuperar o arquivo é um trabalho de resgate em todos os sentidos: da história, do ser humano e do social. “É um trabalho muito interessante poder conviver e aprender um pouco da história do país. Esta é uma experiência que vou levar para sempre”

Digitalização

 O futuro de todo esse trabalho será a digitalização dos documentos e arquivos na Casa Civil do Governo para onde todos os documentos serão transferidos quando o processo for finalizado.

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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

ORDEM NA BAGUNÇA

Os papéis vão se juntando em cima da mesa do escritório, formando enormes pilhas. Você pressente que um dia aquela papelada pode se virar contra você, mas continua esperando dar uma brecha na rotina para colocar em ordem os documentos. De repente, precisa da apólice do seguro do carro. Sabe que está guardada, mas onde? Em casa ou na empresa? Nas gavetas ou nas pastas? Começa, então, uma procura estressante, que vem acompanhada da antiga resignação de não conseguir manter a organização. Você bem que tenta, tira uma tarde para colocar as coisas em ordem. Um mês depois, a bagunça volta a imperar. Quando a situação chega a esse ponto, uma boa saída pode ser contratar um profissional.

As empresas especializadas em organização de documentos cobram entre R$ 1 mil e R$ 2 mil para colocar em ordem a papelada pessoal. “É preciso saber o que realmente precisa ficar guardado e por quanto tempo”, diz o bibliotecário Juan Cacio Peixoto, proprietário da Acervo, empresa paulista especializada na organização de documentos. O trabalho começa com a triagem total da papelada. Falta um carimbo na escritura da sua casa de praia? Esse tipo de problema também fica a cargo dos profissionais da arrumação. “Os documentos precisam estar completos para ter validade”, alerta Peixoto. O segundo passo é mapear o patrimônio. Imóveis, carros, barcos ganham uma espécie de dossiê. Se necessário serão tiradas cópias do certificado de propriedade e segunda via do que estiver danificado. As contas de consumo e de gastos pessoais ficam divididas. Uma caixa de entrada, para os documentos a pagar, e um arquivo com os recibos.

Outra opção é digitalizar os documentos. Os programas custam a partir de R$ 400. Segundo Waida Coimbra, da Linear Assessoria de Documentação, manter os papéis organizados é fundamental para evitar transtornos no caso de uma fatalidade. “Os familiares terão acesso à documentação com facilidade”, completa ela.


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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

INSTITUTO LANÇA CAMPANHA PARA AMPLIAR ACERVO SOBRE A HISTÓRIA DE MATO GROSSO DO SUL

O Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, pede ao cidadão sul-mato-grossense que tenha alguma foto, registro ou documento referente a datas, locais, momentos especiais ou um simples registro, que na sua maioria mostram em preto e branco a nossa Capital e cidades do interior de MS há algumas décadas, compareçam ao Instituto.

Não é necessário fazer a doação do material, quem não quiser deixá-lo no acervo, o Instituto Histórico faz a digitalização do material.

Vista aérea de Três Lagoas durante sua fundação, registro da rua 14 de Julho no final da década de 70, Correio Central de Campo Grande, Estação Ferroviária da Capital, margens do Rio Paraguai em Corumbá, e autoridades em solenidades em de meados do século passado, são alguns dos registros que o Instituto possui.

 “Queremos guardar para democratizar e disponibilizar ao mundo essas informações. O povo de sente mais importante com a sua história gravada”, disse o presidente do Instituto Hildebrando Campestrini.

A importância dessa preservação, reflete no que chamam de “identidade” cultural do Estado (alguns historiadores não gostam do termo), ensino pedagógico, reformas de prédios históricos com a conservação de seus moldes originais entre outros.

Em relação a essa conservação patrimonialista, os historiadores Hildebrando Campestrini e Madalena Greco lembram que a nossa cidade e estado ainda são novos, se comparados com outras unidades federativos que já passaram por revoluções como São Paulo (Revolução Constitucionalista de 1932), Rio Grande do Sul (Revolução Farroupilha, 1835-1845) e Bahia (Guerra de Canudos, 1896-1897).

Diferente desses confrontos da população contra o poder instalado, ocorreu na antiga província de Mato Grosso, atual Mato Grosso do Sul (Bela Vista, Antônio João, Guia Lopes e Nioaque), um determinante e importante fato histórico que foi a Retirada da Laguna. A Retirada foi uma das batalhas da Guerra do Paraguai, contra a invasão do Exército Paraguaio em dezembro de 1864.

De três mil homens, liderados em uma das colunas pelo coronel Carlos de Morais Camisão em janeiro de 1867, apenas 700 homens retornaram. O fato ficou registrado na literatura pelo Visconde de Taunay.

Sobre a importância pedagógica, Campestrini lembra que muito dos professores que ensinam história regional são de fora do estado e a disciplina é ensinada muito cedo as crianças, e, posteriormente cobrada antes da entrada em universidades e faculdades.

Outro ponto abordado são os prédios históricos da nossa Capital que estão abandonadas. “Em Blumenau por exemplo, as agências bancárias e outros órgão são instalados em casas históricas, tombar só por tombar não adianta nada, tem que dar um valor que mantenha o imóvel”, argumenta.



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BIBLIOTECÁRIA DE AUSCHWITZ NÃO SE CONSIDERA UMA HEROÍNA DA CULTURA


Uma mulher, que cuidava de uma pequena biblioteca, foi responsável por proporcionar um pequeno oásis de sanidade mental em meio ao horror de um campo de extermínio nazista, em Auschwitz, que apesar de não ajudar a sobreviver, fornecia um resquício de esperança.

 Seu nome é Dita Kraus e atualmente tem 82 anos. Sua trajetória foi contada pelo escritor Antonio G. Iturbe, no romance A bibliotecária de Auschwitz, que parte de fatos reais para criar uma história de ficção na qual Dita é uma autêntica heroína da cultura, encarregada de cuidar de uma biblioteca clandestina no campo nazista.

 Mas a Dita Kraus real afirmou, em entrevista à agência EFE em Praga, que não se considera uma heroína. "Nem fui especialmente forte, só que sempre tive a convicção de que não iria morrer, de que não acabaria na câmara de gás", declarou ao lembrar de sua infância.

 Dita chegou a Auschwitz quando tinha 13 anos, procedente do gueto judeu de Terezin, na República Checa. "Em Auschwitz, havia uma coisa única. Havia um barracão de crianças. E como menina, estive neste barracão e era responsável pelos poucos livros que havia no local. Era algo único que não existia em outros campos de concentração", relatou.

 Na realidade, dos livros que estavam lá, Dita só se lembra de um. "Tenho certeza de que Uma Breve História do Mundo, do romancista e filósofo britânico H.G. Wells, estava lá".

 Dita se encarregava de cuidar desse livros, "alguns sem capas", e emprestá-los para as outras crianças, embora afirme que os livros não ajudavam a sobreviver. "Eles não tinham esse papel".

 Segundo Dita, "Antonio Iturbe exagerou um pouco nisso", já que a tese do romance é que a literatura serviu de antídoto para o sofrimento e contribuiu para libertar as civilizações de seus fantasmas.

 Os livros de Auschwitz, lembra Dita, chegavam das mãos de um presidiário polonês que selecionava a literatura em checo para as crianças do barracão 31 quando os novos presos chegavam à rampa de acesso e perdiam seus bens.

 Com tudo, o barracão infantil, de fato, chegou a se transformar em uma espécie de oásis, como lembrou em várias de suas obras o escritor B. Kraus, também internado no campo de extermínio, onde conheceu Dita Kraus, com quem se casou mais tarde.

 A passagem por Auschwitz marcou para sempre Dita. "Perdi toda a minha família ali. Meus pais e avôs e todos os meus tios", lamentou. "Penso que ninguém pode imaginar como é ser enviado para a câmara de gás". Dita ainda sofre com pesadelos frequentes pelo o que aconteceu com seus parentes.

 "Meu sogro passou por isso. Não consigo superar. Por ele, penso na câmara. Não é uma morte rápida", disse. "Às vezes, me vem esse sentimento. Me identifico com o sofrimento que deviam ter na câmara de gás, que parecia com uma ducha. Porém, ao invés de água, soltavam gás e as pessoas começavam a ficar sufocadas e gritar", lembrou.

 E Dita sofre ao ver que "as mães tentavam proteger seus filhos para que não fossem envenenados. Isso é uma das piores coisas que pode existir", acrescentou. Dita viaja para Barcelona e durante sua estadia na Espanha participará da apresentação do romance de Iturbe.


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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

ACERVO MILIONÁRIO DE JOIAS DE HEBE CAMARGO TEM DESTINO INCERTO

Passada a missa de sétimo dia da apresentadora Hebe Camargo, que morreu aos 83 anos no último sábado (29) em São Paulo, a família deve se reunir para decidir o que será feito com as joias e objetos pessoais da diva da televisão brasileira. “Ainda estamos emocionalmente muito abalados. Mas nas próximas semanas devo me reunir com o Marcelo [Camargo] para, juntos, discutirmos essa questão”, afirmou Claudio Pessutti, empresário e sobrinho da estrela, em entrevista ao UOL.

 Hebe é detentora de uma das maiores coleções de joias do Brasil, incluindo peças assinadas por designers, criações exclusivas e acessórios cravados de pedras preciosas que podem ser facilmente avaliados na casa dos milhões de reais. Por isso mesmo, as especulações sobre a herança da loira começaram cedo, já em seu enterro.

Segundo Vida Alves, atriz pioneira da televisão brasileira, amiga pessoal de Hebe e presidente do Museu da TV, localizado na cidade de São Bernardo do Campo (SP), é possível que algumas peças de Hebe Camargo, incluindo artigos de luxo, sejam expostos no local. “Conversei com Pessutti a respeito do assunto no velório da Hebe, mas falamos brevemente.

Ainda estou aguardando uma confirmação dele sobre o que será doado ao museu”, comentou. De acordo com o gerente da instituição, Elmo Francfort, Hebe mostrou interesse em colaborar com o acervo do museu durante a festa que comemorou os 60 anos da televisão brasileira. “Na nossa concepção, ter objetos da Hebe em nosso acervo seria uma forma de homenageá-la”, disse Francfort

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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

OS 7 ERROS MAIS COMUNS AO USAR O E-MAIL NO TRABALHO

Deslizes de ortografia, expressões informais e excesso de abreviações são alguns deles, de acordo com especialista

São Paulo – A linguagem da internet costuma ser abreviada, informal e até simplória. No e-mail de trabalho, no entanto, isso muda de figura. Depois que você aperta a tecla enviar, não há nada mais a ser feito. Se o e-mail corporativo tiver algum deslize - ortográfico, de tratamento, ou mesmo destinatário incorreto - só lhe resta enviar outro, com um pedido de desculpas.

 Sandra Oliveira, representante da Dale Carnegie em São Paulo, recomenda que as pessoas tenham em mente que o e-mail corporativo também carrega sua imagem profissional. “O e-mail tem a sua cara”, diz ela. Portanto, acredite, erros mais graves podem colocar em xeque a sua reputação dentro da empresa e prejudicar a sua carreira. Confira quais são as gafes mais comuns cometidas em e-mails de trabalho e saiba como evitá-las.

1-)  Erros de ortografia

 Na pressa, é comum que a pessoa fique mais desatenta e assassine a ortografia. “Muitas pessoas não têm o cuidado de reler o e-mail antes de enviar, por isso recebemos tantas mensagens com erro”, diz Sandra. A dica é investir um tempo na mensagem para não perder a credibilidade. Letras trocadas e erros de digitação e de português vão chamar a atenção de quem recebe e podem ser interpretados como desleixo ou até ignorância.

2-) Informalidade x formalidade

 Você começa a mensagem com um simples “oi”, ou seja, um tratamento informal, mas ao final, antes de assinar, coloca o tradicional e formal “atenciosamente”. Essa mistura de tratamentos, diz Sandra, não é indicada no ambiente profissional. Decida se a mensagem é formal ou informal e não misture tratamentos. “Se começar a mensagem de maneira mais informal, deve terminá-la informalmente também. O mesmo vale para a mensagem formal”, diz Sandra.

 De acordo com ela, clientes e gestores devem ser tratados formalmente, sempre. “As pessoas acabam levando a informalidade da fala para o e-mail e isso é errado”, diz a especialista. Terminar a mensagem com “abraços” só vale para colegas mais próximos, na opinião dela. Beijos também devem ser evitados. “Só entre namorados e amigos”, diz.

3-)  Expressões temporais

 Evite marcar a mensagem com expressões como “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite”. Você não tem certeza do momento do dia ou da noite em que o e-mail será lido. "“Nesse caso o 'bom dia' é só para quem enviou a mensagem, não para quem recebeu”, diz.

4-) Abreviações

 Esqueça as abreviações quando estiver redigindo e-mail no trabalho. Nada de “vc” no lugar de “você”, nem “tb” para também. O risco de usar palavras abreviadas é o excesso de informalidade. “É comum as pessoas levarem os vícios dos bate papos virtuais instantâneos e redes sociais para o email de trabalho”, diz Sandra.

 Confira a mensagem antes de enviar para ter certeza de não deixar escapar nenhuma abreviação e evitar o excesso de informalidade no e-mail de trabalho.

5-) Uso de maiúsculas

 Este não chega a ser propriamente um erro, mas pode trazer um certo desconforto. Colocar uma palavra com todas as letras maiúsculas para dar ênfase a ela pode ofender o destinatário. “Quando se faz isso, a pessoa que lê entende como um grito”, explica Sandra.

Por isso, pense bem antes de deixar um texto ou uma palavra com todas as letras maiúsculas. Se a intenção não é “dar uma bronca”, opte por outro marcador para dar mais visibilidade ao trecho ou à palavra.

6-) Mensagens desnecessárias

 Muitas vezes, o problema não é que a mensagem contenha erros, mas que ela simplesmente não deveria existir. Na opinião de Sandra, a comunicação exagerada por e-mail resulta em problemas com a administração de tempo. “Há pesquisas que indicam que das 8 horas que uma pessoa passa em média no escritório, 5 são dedicadas a escrever e redigir e-mails”, diz ela.

 De acordo com a especialista, há uma banalização do uso da ferramenta. “As pessoas até se cumprimentam por e-mail, mandam mensagens para tudo”, diz. Se você deixar para enviar mensagens quando realmente for necessário, vai ganhar tempo para produzir mais, indica Sandra. “Economizaria muito tempo dos profissionais”, diz.

7-) Uso pessoal


 Usar o e-mail do trabalho para assuntos pessoais é um mau uso da ferramenta, na opinião de Sandra. Embora o Tribunal Superior do Trabalho tenha limitado o poder de fiscalização das empresas a computadores e e-mails corporativos recentemente, mandar mensagens particulares do endereço corporativo não é indicado.

 A dica é separar as coisas. “Use o e-mail do trabalho apenas para mensagens profissionais”, diz Sandra. Lembre-se de que dar uso particular para o e-mail do trabalho pode colocar até o seu emprego em risco.


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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO AUTOMÁTICA DE VEÍCULOS ENTRARÁ EM FUNCIONAMENTO EM JANEIRO

Thais Leitão

Repórter da Agência Brasil

Brasília - Seis anos depois da criação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav) por uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a iniciativa deve entrar em funcionamento em janeiro do ano que vem. Esta é a data prevista pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para que se comece a instalar, em toda a frota rodoviária do país, os dispositivos eletrônicos que armazenarão dados dos veículos.

O objetivo é facilitar o controle e a fiscalização do tráfego no território brasileiro por meio de monitoramento em tempo real. A implantação do sistema deve ser concluída até 30 de junho de 2014.

O desenvolvimento da tecnologia que será usada como base do sistema foi financiado pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e das Cidades e envolve investimentos de aproximadamente R$ 5 milhões.

Segundo o coordenador de Microinformática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Henrique Miguel, o mecanismo funciona a partir de um sistema de radiofrequência, que prevê a emissão de sinais por antenas espalhadas pelas cidades e rodovias. Estes sinais são captados por um pequeno chip que integra a placa eletrônica a ser instalada no para-brisa dos veículos de passeio e em outros locais específicos, no caso de motocicletas e carretas.

"É uma espécie de tag eletrônico, que vai permitir o controle do tráfego em tempo real. Ao ser acionado, o chip enviará dados do veículo às antenas que, por sua vez, enviarão as informações para as centrais de processamento, que verificarão a situação do veículo analisado. A tecnologia desenvolvida é bastante complexa e representa uma solução segura e barata, que pode ser reproduzida", disse.

Entre as aplicações do sistema, Miguel destaca a possibilidade de localizar um carro furtado e associá-lo ao proprietário, facilitando a recuperação do veículo e evitando a clonagem. Além disso, será possível fiscalizar a velocidade média dos automóveis e a circulação em locais e horários em que ela for proibida.

O Siniav também facilitará o serviço de cruzamento de dados relativos aos veículos e às obrigações do proprietário, como o licenciamento anual e o pagamento de impostos e de multas. Com o projeto, espera-se aumentar a segurança no envio de cargas e diminuir filas em pedágios, com a possibilidade de abertura automática de cancelas por meio da leitura do chip.

Henrique Miguel disse que, por se tratar de tecnologia inédita, o Denatran pôde formalizar o registro de patente no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual.

As informações obrigatórias que ficarão armazenadas no dispositivo são: número de série do chip, identificação da placa, categoria e tipo do veículo.

De acordo com Henrique Miguel, o serviço prevê a confidencialidade das informações relacionadas ao proprietário e o protocolo de segurança utilizado é confiável, baseado em chaves de proteção "extremamente modernas".

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério das Cidades, ao qual está submetido o Denatran, a instalação das placas eletrônicas caberá aos departamentos estaduais de Trânsito (Detrans). O custo para instalação do tag eletrônico, anteriormente estimado em R$ 5, vai depender de licitação pública e ficará a cargo do proprietário do veículo, devendo ser cobrado junto com o licenciamento dos automóveis.

A assessoria da pasta informou que ainda estão sendo definidas as sanções que serão aplicadas aos proprietários de veículos flagrados sem o chip após o prazo final de implementação do sistema, o que pode incluir multa e perda de pontos na carteira de habilitação.

O Siniav foi criado pela Resolução nº 212/2006 do Contran para modernizar a tecnologia dos equipamentos e procedimentos empregados na prevenção, fiscalização e repressão ao furto e roubo de veículos e cargas. Segundo o Ministério das Cidades, a demora na implementação da iniciativa pode ser explicada pela necessidade de garantir abrangência nacional à ação, além da integração de órgãos públicos, como os Detrans, a Agência Nacional de Transportes Terrestres e a Receita Federal.

Edição: Nádia Franco//A matéria foi atualizada às 15h58 para atualização de dado fornecido pelo Ministério das Cidades: o custo para instalação do tag eletrônico, anteriormente estimado em R$ 5, vai depender de licitação pública.

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MULTA POR ERRO EM LIVRO FISCAL PODE SER ALTERADA

Valor Econômico

Por Laura Ignacio, Adriana Aguiar e Fernando Torres



Com 27 páginas, o texto da minuta de uma medida provisória (MP) que acabaria com o Regime Tributário de Transição (RTT), à qual o Valor teve acesso, também estabelece algumas novidades que exigirão maior controle dos livros fiscais e contábeis pelas empresas. Se o texto for aprovado como está, caso os contribuintes errem, omitam ou atrasem o envio de informações referentes ao lucro real pelo Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), poderão sofrer pesadas multas. Isso porque eles passariam a pagar sobre percentuais de sua receita bruta, e não mais valores fixos.

O Fisco poderá cobrar multa de 0,01% da receita bruta por cada grupo de cinco informações no e-Lalur (livro eletrônico de apuração do lucro real) omitidas, incorretas ou inexatas. Caso a empresa deixe de enviar as informações no prazo, pagará 0,025% da receita bruta por mês de atraso. Assim, a Petrobras, por exemplo, pagaria R$ 61 milhões mensais por atraso no envio do e-Lalur e R$ 24 milhões por entrega de dados com erros. A Vale pagaria, respectivamente, R$ 25 milhões e R$ 10 milhões. Para a advogada Valdirene Lopes Franhani, do Braga & Moreno Consultores e Advogados, "isso seria eminentemente desproporcional e não seria razoável diante das polêmicas trazidas com a nova norma, que poderá valer já em 2013".

Hoje, segundo a Lei nº 10.426, de 2002, a multa é de 2% do imposto devido ao mês, na falta de entrega ou envio fora do prazo. Esse valor pode ser representativo para grandes empresas. Porém, no caso de erros, a legislação atual é bem mais branda. Deve ser aplicada multa de R$ 20 para cada grupo de dez informações incorretas ou omitidas. "Ambas as penalidades em vigor atualmente são aplicadas em relação a dados da DIPJ, DIRF, DCTF e Dacon, as quatro principais declarações devidas ao Fisco pelas empresas de grande porte", afirma o contador Welinton Mota, da Confirp Consultoria Contábil.

A minuta também inviabiliza um tipo de planejamento tributário comum no mercado da construção civil. Segundo o advogado Fernando Moura, do Sacha Calmon - Misabel Derzi Consultores e Advogados, as incorporadoras - normalmente tributadas pelo lucro real - não poderão mais transferir receitas para as sociedades em conta de participação (SCPs) do grupo, caso elas sejam tributadas pelo lucro presumido, para reduzir os impostos a pagar. Um dispositivo do texto diz que "o regime de tributação da SCP deve ser o mesmo adotado pelo sócio ostensivo".

O texto também trata de contratos de permuta realizados por incorporadoras. A Receita não vai mais considerar como permuta a troca de um lote por unidades de empreendimento imobiliário, passando a tributar a operação. A minuta diz que, na hipótese de permuta envolvendo unidade imobiliária, será computado no lucro real a diferença entre o valor da transação e do valor justo. "Assim, isso passa a ser tributado mesmo sem a realização da transação", afirma Moura.

Para o contabilista Francisco Papellas Filho, do Braga & Moreno, esses valores a serem tributados seriam, com a edição da MP, pagos no ato da operação ao Fisco e não posteriormente, como era até então. Isso porque se a construtora, ao fazer a permuta com o dono do terreno, por exemplo, oferecesse duas unidades imobiliárias por um valor abaixo do mercado, a diferença seria embutida nos preços oferecidos nas outras unidades e tributada anos depois, quando fossem vendidas.

Outro esclarecimento trazido pela minuta da MP tem relação com o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP). Atualmente, o limite para remuneração do acionista por meio desse mecanismo é calculado ao se aplicar a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), hoje em 5,5%, sobre o patrimônio líquido. O texto da minuta lista as contas do patrimônio que devem ser usadas como base de cálculo do limite anual do JCP (como capital e reservas de lucros e ações em tesouraria). Mas não aparece na relação a conta "outros resultados abrangentes". Nessa última conta entram, principalmente, variações de valor justo de ativos que não transitam diretamente pelo resultado, como ganhos com participações societárias ou instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda.

Um ponto que não foi tratado na minuta e que pode causar dúvidas envolve os custos incorridos com a emissão de debêntures. Segundo Eduardo Kiralyhegy, do Negreiro, Medeiros & Kiralyhegy Advogados, hoje, esses custos reduzem o patrimônio líquido da empresa. No RTT, no entanto, são tratados como despesas dedutíveis, neutralizando os efeitos fiscais das novas regras contábeis. "Como não se tem previsão sobre isso, não se sabe se deve prevalecer a forma utilizada hoje no RTT."

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ROUBADOS CERCA DE CINCO MIL LIVROS DA BIBLIOTECA DA GANDA

Ganda - Cerca de cinco mil livros literários diversos, foram roubados na Biblioteca Municipal da Ganda, província de Benguela, por indivíduos ainda desconhecidos, soube hoje a Angop.
De acordo com a bibliotecária Maria Jamba, os supostos meliantes assaltaram o local na calada da noite de segunda-feira, destruindo o gradeamento e a janela, que lhes permitiu entrar na biblioteca que para além de roubarem os livros partiram cadeiras.
Avançou que a acção ocorreu quando o jardim da biblioteca acolheu uma actividade músico-cultural da juventude, onde os meliantes concretizaram tal objectivo, dado a falta do pessoal de protecção física.
Pediu as autoridades administrativas para colocarem na biblioteca municipal, pelo menos três agentes da protecção física ou da Polícia Nacional para garantir a segurança da instituição que muito contribui para progresso e desenvolvimento académico da região.
Por seu turno, o administrador da Ganda, Caetano Mateus Lopes, deplorou a acção, tendo reafirmado com este acto totalizam três assaltos consecutivos à biblioteca, cujos bens patrimoniais constantemente roubados fazem parte do desenvolvimento da região.Lamentou o facto, uma vez que o desenvolvimento das localidades passa pela manutenção e cuidados dos bens postos à disposição das populações.
Abordado pela Angop, o comandante municipal da Polícia Nacional da Ganda, superintendente Agostinho Cambeia, afirmou que a falta de iluminação pública da cidade contribui na delinquência e nesses assaltos.
Revelou que o comando municipal está tomar medidas para conter a situação na base do reforço de segurança na região.
"Os meliantes que roubaram livros na biblioteca municipal da Ganda, encontram-se em fuga, estando o comando da Polícia Nacional local a trabalhar para encalço dos mesmos e devendo até primeira quinzena deste mês, poder esclarecer o caso ao publico", disse.
Para o oficial da corporação, apesar disso, a situação operativa é de relativa calmia, tendo durante a semana finda registado apenas um afogamento no rio Catumbela e um caso de furto de electrodoméstico no bairro de boa esperança, cujo indivíduo está já a responder judicialmente.

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SITE ELEGE AS 7 BIBLIOTECAS MAIS BONITAS DO MUNDO


Biblioteca Central de Seattle, Estados Unidos. Moderna construção de onze andares, a Biblioteca Central de Seattle é um dos principais cartões-postais da cidade do noroeste dos Estados Unidos. Sua arquitetura futurista atrai muitos turistas que seguem até uma visita guiada pela biblioteca em meio a seus cerca de um milhão e meio de livros
 Foto: Alex Abboud


Biblioteca do Trinity College, Irlanda. Maior e mais antiga biblioteca da Irlanda, a biblioteca do Trinity College foi fundada em 1592 e reúne uma coleção de mais de 4 milhões de livros. O exterior da biblioteca é tão impressionante quanto seu conteúdo e suas salas míticas como o Long Room, com 200 mil dos livros mais antigos do acervo
 Foto: Brett Jordan


Biblioteca Geisel, Estados Unidos. Além de ser a principal biblioteca da Universidade de San Diego, a Biblioteca Geisel é uma das mais importantes e modernas do planeta. Inaugurada na década de 70, parece uma nave espacial, e já foi usada como cenário de diversos filmes de ficção científica
 Foto: The UC San Diego Library


Biblioteca da Universidade Tecnológica de Delft, Holanda. Construída em 1997, a biblioteca da Universidade Tecnológica de Delft está escondida sob o solo e tem um teto formado por uma colina coberta de grama e cortada por um cone futurista. A biblioteca conta mais de 800 mil livros, 16 mil assinaturas a revistas e um museu
 Foto: Nick Sherman



Biblioteca Alexandrina, Egito. Renascimento da lendária Biblioteca Real de Alexandria, a maior e mais influente do mundo grego, destruída num incêndio no século 7, a Biblioteca Alexandrina foi inaugurada em 2002 à beira do Mediterrâneo. O design futurista abriga quatro museus de antigüidades, manuscritos e ciências
 Foto: Ting Chen



Biblioteca de Stuttgart, Alemanha. Polêmica entre os habitantes da cidade por sua arquitetura que, para alguns, destoa com o ambiente, a Biblioteca de Stuttgart tem um design inovador com um formato cúbico inspirado pelo Panteão de Roma. Em meio às árvores e telhados das casas de Stuttgart, a biblioteca se destaca e chama a atenção dos passantes
 Foto: Divulgação





Biblioteca Pública de Bishan, Cingapura. Com um design sofisticado, a Biblioteca Pública de Bishan tem uma superfície de cerca de 4 mil metros quadrados e procura imitar umacasa na árvore com a entrada de muita luz. A moderna biblioteca tem espaços privados para leitura, e recebe importantes seminários e conferências
 Foto: Divulgação

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MEMÓRIA MOFADA

Parece ser cada vez mais evidente que o patrimônio público informacional tem vindo a sofrer modificações que se manifestam em vários níveis. Para lá das funções tradicionais das bibliotecas, dos arquivos públicos, dos museus e demais centros de informação.
 Todavia, restritas são as situações, em nosso Brasil continental, em que estes centros de Referencia da Informação, do Conhecimento e da Memória assumem-se como dinamizadores socioculturais, procurando participar do desenvolvimento humano, regional e global, além de trabalhar por um mundo melhor, onde o ser humano seja mais livre, mais informado e de fato cidadão.
 Em tempos de eleições e mudanças na gestão pública municipal, é importante que os novos escolhidos pelo povo preocupem-se em criar políticas públicas efetivas, amparado por profissionais especialistas, competentes e conduzidos às funções específicas na administração pública, como bem explanou o senhor Cosmo Damião, com seu artigo “Cidadania em Pauta”, publicado, aqui mesmo, no A TRIBUNA, na coluna Opinião do Leitor.
 Entretanto, o que nos motivou a escrever este texto foi publicado em reportagem especial do jornal A TRIBUNA, no domingo, sobre o “calote” ou inadimplência dos usuários das bibliotecas públicas municipais.
 Este fato realmente é crítico e preocupante porque ressalta o descompromisso com o bem público tanto da parte dos gestores municipais e gerentes das bibliotecas, quanto dos usuários que não cumprem com seus deveres de cidadão, muitas vezes por desinformação. A situação é grave e séria porque envolve princípios e valores de formação ética e humana.
 Por esta razão, é fundamental e imprescindível que os futuros gestores municipais e brasileiros valorizem os centros de informação que são, mais especificamente, as bibliotecas públicas e escolares, os museus e arquivos municipais, pois, muitos desses, se encontram apagados, sem vida, esquecidos, justamente, porque o poder público não investe em profissionais especializados e, tão pouco, em infraestrutura, como foi noticiada algumas vezes e de forma brilhante por este Jornal A TRIBUNA.
 Sendo a mais recente, no domingo (30/9), considerada por nós educadores e profissionais da Ciência da Informação e autoras deste artigo, uma das mais graves denúncias de descaso com o patrimônio público, tanto pelos seus gerentes como por seus usuários. Sabemos que as bibliotecas, os arquivos e os museus não podem mais ser vistos como depósitos de livros, documentos e objetos. Ou, ainda, privativos de indivíduo ou grupo de pessoas, que ignoram o sentido de coletividade.
 A história e o tempo vêm nos mostrando que os centros de informação que não investirem em preservação de seu patrimônio cultural, informacional, objetal e em novas tecnologias de comunicação, mas, sobretudo, em seu recurso humano, buscando novos saberes, novas competências e novas práticas bibliotecárias, arquivísticas e museológicas, estarão limitados ao recolhimento, guarda e exposição do patrimônio público.
 Diante do exposto, a questão primordial é saber como o fazer biblioteconômico, museal e arquivístico podem, efetivamente, se constituírem em instrumentos capazes de equacionar ações para a promoção do bem público e do saber humano.
 Os centros de informação possuem livros, periódicos, documentos, mapas, objetos antigos e artefatos tridimensionais e fotografias históricas e, por isso, são instrumentos de pesquisa e cultura, ou seja, são espaços ideais para geração de conhecimentos.
 Mas infelizmente, são poucos frequentados pelas crianças e jovens porque não existe uma política de gestão organizacional adequada, prejudicando a oferta de serviços e de disseminação das informações, pois, muitos destes ambientes são gerenciados por profissionais de outras áreas sem nenhum conhecimento técnico-científico e teórico da administração destes bens públicos.
 Inegavelmente, não estão preparados para administrar, organizar, disseminar e promover o conhecimento, refletindo as preocupações evidenciadas por pesquisadores e profissionais da área da Ciência da Informação em relação à produção, ao uso, à preservação e conservação do acervo e do armazenamento de livros, objetos e documentos.
 Em Mato Grosso e, mais especificamente Rondonópolis, não é diferente, pois o descaso vem há anos por parte de vários gestores municipais e estaduais. Entretanto, o que mais intriga e preocupa é por qual motivo os gestores municipais não investem nas bibliotecas municipais, tanto as escolares quanto às públicas, para que possam cumprir seu papel de atender às necessidades informacionais da população.
 Ao contrário, os prédios, as instalações e seus estoques: humano e material apresentam-se apáticos, desconfigurados do movimento democrático contemporâneo, sem nenhum objetivo inerente ao desenvolvimento cultural e científico.
 Um fator fundamental para a inserção do profissional especializado é a criação do cargo de bibliotecário, mas parece que não é “conveniente” para a gestão pública municipal e estadual ter à frente do núcleo de bibliotecas profissional especializado e ciente da função social e do fazer bibliotecário.
 Senhores eleitores e senhores candidatos, às vésperas de mais uma importante decisão nas urnas sobre quem irá comandar nosso município e os novos legisladores e fiscais do poder público, pensem no poder do voto e na responsabilidade que cada cidadão tem com o desenvolvimento de seu município e com a promoção do bem público, sendo, os principais: Educação e Conhecimento.
 Por esta razão, o papel do bibliotecário é fundamental no processo de socialização, da difusão, da intermediação da leitura e motivação da utilização do patrimônio informacional, histórico, cultural e cientifico nestes espaços pertencentes à sociedade.
 Não podemos mais compactuar com gestores que desprezam o saber técnico, acadêmico e científico. Além disso, transfere poderes aleatoriamente sem critérios definidos, prejudicando a população e a favor de interesses políticos e privados.
 Assim: educar a criança e o jovem para pesquisar e estudar as diversas obras é uma maneira de proporcionar a reflexão, o pensamento crítico, um diálogo entre o passado e o presente e adquirindo subsídios ao desenvolvimento do processo de aprendizagem. Também devolver o material bibliográfico que foi emprestado pela biblioteca é uma questão de respeito ao próximo e de cidadania. Pensem nisso!

(*) EDILEUSA REGINA PENA DA SILVA e MARIZA INÊS DA SILVA PINHEIRO são professoras-doutoras do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Mato Grosso, no Campus de Rondonópolis

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FIOCRUZ LANÇA PEDRA FUNDAMENTAL DE CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E HISTÓRIA DA SAÚDE

Projetado para abrigar documentos, fotografias, livros raros, registros sonoros e audiovisuais, reunindo conjunto documental significativo sobre a história da saúde no país desde o século 19, o Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS) terá sua pedra fundamental lançada no campus da Fiocruz, em Maguinhos. A solenidade de lançamento está marcada para esta quarta-feira (3/10), às 10h30, e inclui uma exposição em homenagem ao sanitarista Carlos Gentile de Mello (1918-1982), que doou seus arquivos à Casa de Oswaldo Cruz (COC), unidade técnico-científica da Fiocruz. Dividido em cinco pavimentos, o edifício terá 3.515m² de área construída, sendo 2 mil m² destinados à guarda do acervo e para atividades de ensino, estudo e pesquisa e sua conclusão está prevista para o final de 2014.

O projeto adotou critérios de sustentabilidade ambiental, contribuindo para a política de desenvolvimento sustentável da instituição, a implementação de economia de energia, o conforto dos usuários e a preservação do meio ambiente. Essa preocupação ajudou o projeto – elaborado pelos arquitetos Cristiane Cabreira e Alexandre Pessoa – a ganhar o certificado do Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações (Procel Edifica), emitido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), tornando-se o primeiro a atingir nota máxima no processo de análise, concluído em novembro.

Para a construção do CDHS, a Casa de Oswaldo Cruz conta com o patrocínio das empresas Sanofi e copatrocínio da Lafarge e Nortec Química, que adquiriram cotas de participação com base na Lei Rouanet de incentivo fiscal. O espaço vai guardar cerca de 80 mil documentos que retratam os processos políticos, sociais e culturais da saúde no Brasil. Entre os arquivos a serem transferidos para a nova casa, estão os dos sanitaristas Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, reconhecidos pela Unesco como acervos de relevância para a história da Humanidade, bem como o conjunto de cerca de 8 mil negativos de vidro do fundo Instituto Oswaldo Cruz, que acaba de ser incluído também no programa Memória do Mundo daquele organismo das Nações Unidas. O edifício vai acolher equipes de pesquisa, de gestão e tecnologias da informação e de tratamento do acervo, abrigando ainda um laboratório de fotografia digital, outro de conservação de documentos da COC e um Centro de Digitalização Tridimensional de Acervos da Fiocruz.

As atividades de ensino da Casa de Oswaldo Cruz, em processo de ampliação, encontrarão no novo prédio a infraestrutura mencionada e salas de aula destinadas aos cursos de pós-graduação sctrito e lato sensu, educação profissional e outras atividades de formação e capacitação. Os beneficiados diretos serão pesquisadores, estudantes e especialistas em ciências humanas e sociais; jornalistas, documentaristas, roteiristas, escritores, diretores de arte e produtores culturais, bem como profissionais de saúde.

Esse grupo terá um conjunto de recursos de informação dos acervos integrados aos serviços da Rede de Bibliotecas Fiocruz e das bibliotecas e centros de documentação do Centro Latino-Americano de Informações em Ciências da Saúde (Bireme/Opas/OMS). Assim a construção do CDHS conforma-se nessa área privilegiada do campus de Manguinhos um complexo integrado de setores (Biblioteca de Manguinhos e o Museu da Vida) dedicados à preservação e difusão do patrimônio, à informação e à educação e divulgação em ciência e tecnologia em saúde.

O acervo da COC

O acervo da Casa de Oswaldo Cruz data de 1986, sendo composto por cerca de 80 mil registros, incluindo 102 fundos e coleções de documentos institucionais e pessoais (textual, iconográfico, cartográfico, sonoro e filmográfico); 700 depoimentos da história oral e 640 títulos, entre filmes, vídeos e documentários do acervo de imagens em movimento, além de 34 mil itens guardados na Biblioteca de História das Ciências e da Saúde.

Carlos Gentile

Nascido em 17 de junho de 1918, em Natal, Carlos Gentile de Carvalho Mello graduou-se em 1943 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Chegou ao Rio de Janeiro na década de 1940 e trabalhou como assistente do professor Luiz Amadeu Capriglione, na então Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil. Começou a se interessar pela carreira de sanitarista em 1958, quando fez estudos e pesquisas sobre os serviços e a gestão de saúde pública. Gentile foi epidemiologista do Hospital de Ipanema de 1969 a 1978, e assessor do Instituto do Coração na década de 1980. A função de sanitarista foi exercida de maneira intensa junto à imprensa, inclusive a especializada, tendo colaborado em diários de circulação nacional. O sanitarista morreu em 27 de outubro de 1982.

 O Fundo Carlos Gentile de Carvalho Mello – doado à unidade em 2006 – pode ser consultado no portal da Casa de Oswaldo Cruz. Reúne cartas, ofícios, portarias, relatórios, informativos, pareceres, artigos e recortes de jornais, entre outros documentos referentes à vida pessoal e à trajetória profissional do sanitarista.

Certificação do CDHS

A avaliação do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel Edifica) incluiu o edifício completo: o sistema de iluminação, o condicionamento de ar e a envoltória, que são janelas, painéis plásticos, clarabóias, portas de vidro e paredes de blocos de vidro. Trata-se do primeiro do gênero no país analisado por simulação pelo Inmetro. De acordo com os critérios estabelecidos, cada item avaliado pode ter classificação que varia de A (eficiência máxima) a E (eficiência mínima). O projeto do CDHS obteve classificação A atingindo a pontuação 6 (seis) e mais um ponto de bonificação devido a economia de água, enquanto a média de projetos certificados varia entre 4,5 e 5,8.


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